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terça-feira, abril 16, 2024
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Trabalho de uma década rende frutos, e ABA sonha com projeção nacional

A Associação de Basquete de Anápolis (ABA) fechou a temporada de 2017 com o vice-campeonato estadual na categoria adulto. Embora a derrota de virada para o IEA nas finais tenha sido dolorosa, a campanha no Campeonato Goiano é mais uma prova do bom trabalho desenvolvido pelo projeto que já dura 12 anos.

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Dos 12 atletas que participaram do elenco adulto, 10 foram formados na base anapolina. As exceções são Hugo Benício e Daniel, ambos com 37 anos, que, embora não tenham crescido na ABA, trabalham há quase uma década com o técnico Moisés da Silva no projeto.

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– A progressão do adulto está sendo bem legal. Sempre trabalhei com atletas da cidade e oriundos da base. O time perdeu a final, mas tem uma média de 22 anos de idade e já conseguiu o feito de chegar à decisão. Isso nos deixa otimistas para os próximos anos – afirma o treinador.

Em 2018, o processo de aproveitamento da base no time principal vai continuar. “Vou inserir quatro atletas da base ao grupo adulto. Em fevereiro ou março vamos resolver como se dará a transição”, revela Moisés.

Trabalho a longo prazo

O aproveitamento da base no adulto não é o único dado que comprova o sucesso das categorias básicas da ABA. A entidade de Anápolis foi campeã goiana no sub-15 e no sub-19, além de ficar com o vice no sub-13.

Os brilhantes resultados só existem por conta de um trabalho de mais de uma década. Paulista de Matão, o técnico Moisés da Silva é um dos principais responsáveis pela evolução do basquete em Anápolis. Formado em Educação Física, ele chegou à cidade em janeiro de 2005 e encontrou uma estrutura defasada para a prática da modalidade.

– Não havia escolinha para crianças de 7 a 12 anos. O pessoal começava a jogar basquete com 14, 15 anos. Em Anápolis também não tinha a cultura de jogar Campeonato Goiano, apenas torneios locais. Quando introduzi as escolinhas, fiquei seis meses dando aulas para quatro alunos. Depois o projeto bombou e cheguei a 125 alunos nos meses seguintes – lembra.

As primeiras competições estaduais da ABA foram em 2007 e, no início, os times estavam longe do sucesso que têm hoje. “Perdíamos por placares elásticos, mas foi para preparar os atletas e fortalecer o trabalho”, diz Moisés.

(Foto: Divulgação/ABA)

Parceria

Os resultados em quadra começaram a aparecer a partir de 2010, quando se iniciou o projeto Esporte Para Todos, promovido pela gestão municipal da época. O programa tornou o acesso às escolinhas da entidade, que antes era pago, gratuito. O incentivo público fez o número de alunos saltar para 350.

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Como fruto da parceria, já em 2010, a ABA chegou a três finais na base, conquistando um título. Daí para frente, os títulos vieram em quase todas as temporadas. O auge foi em 2014, quando as equipes de Moisés da Silva saíram vitoriosas em todas as categorias, incluindo o adulto, que também contou com massivo aproveitamento dos jovens formados pelo projeto.

A parceria entre ABA e Prefeitura, porém, chegou ao fim em 2017. O técnico então se viu obrigado a buscar novos parceiros e se juntou ao Sesi Jaiara. O novo acordo, no entanto, não evitou a evasão dos jovens atletas de basquete. “O fim do Esporte Para Todos excluiu 80% dos alunos. Foi difícil fazer esporte em 2017. Foi o pior ano estruturalmente. Muitos alunos que tinham sequência na base pararam”, lamenta Moisés.

Em busca do cenário nacional

Com 12 anos de projeto e cedendo vários atletas para a seleção goiana, a ABA mira voos mais altos. Assim como em 2016, o time de Anápolis figurou entre os pré-inscritos na Liga Ouro, equivalente à 2ª divisão do basquete no país. Novamente, a participação não foi concretizada. Apesar disso, Moisés já sonha com jogos contra grandes equipes, o que, segundo ele, fará a modalidade crescer ainda mais na cidade.

– Concretizar a ida do time para a Liga Ouro vai ser um grande passo. Trazer grandes equipes para jogar aqui em Anápolis e, se possível, vencê-las vai tornar a ABA mais conhecida para todos os setores da sociedade. Nosso objetivo é crescer nacionalmente, melhorar o nível dos nossos atletas e participar de campeonatos de base nacionais – explica o técnico.

Rafael Tomazeti
Jornalista formado pela Universidade Federal de Goiás. Fã de esportes e apaixonado pelo estado de Goiás. Trabalhou na Rádio Universitária 870 AM, TV UFG, Rádio 730/Portal 730, Jornal Diário do Estado, Diário de Goiás e Rádio BandNews.
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