O paulista Rogério Mancini é o escolhido para comandar o Goiânia na Divisão de Acesso 2017. Com passagens por times do Catar, Tailândia, Vila Nova, Santa Helena e Anápolis (como auxiliar), o técnico de 45 anos busca levar um dos mais tradicionais clubes do Centro-Oeste de volta à elite do futebol goiano.
Em entrevista ao Esporte Goiano, o treinador revelou que o interesse do Galo é antigo. “Desde o ano passado, o Arione (de Paula presidente) vinha me sondando para assumir o Goiânia, mas acabou não dando certo. Esse ano, voltei da Tailândia e o Francisco, que foi gerente do Vila Nova, pediu que eu auxiliasse o Waldemar Lemos no Anápolis. Estávamos em uma comissão técnica muito boa, ambiente ótimo. Mas não quero mais ser auxiliar técnico e isso me incomodava. Sempre tive alguns objetivos, como comandar uma equipe novamente e agora tenho esse desafio, posso colocar a cara para bater dentro do campo. Preciso disso para minha carreira e vi a oportunidade, junto com o Raimundo Queiroz, de levantar a equipe do Goiânia e concretizar o trabalho”.
O comandante também comentou as impressões que teve do seu novo clube e, principalmente, da estrutura da Vila Olímpica. “Sempre ouvi falar que aqui estava abandonado e cheguei aqui com um campo razoável para treino. É o mesmo campo que tem no Anápolis, com toda estrutura e história de investimentos bons. Campo para mim é 90$ do meu trabalho. Montar uma equipe com dinheiro é muito fácil, sem dinheiro é o mais desafiador e é o que vim fazer aqui”
Expectativa
Durante o período que comandou o Vila Nova, Rogério Mancini fez o Tigre jogar um futebol ofensivo, que recebia muitos elogios, mesmo quando não conseguia as vitórias. E a ideia do técnico é repetir a estratégia ofensiva, dessa vez no Galo. “Se os treinadores brasileiros deixarem o futebol mais ofensivo, mais bonito, vai ficar mais atrativo para imprensa, torcida, para todos. Meu jogo é sempre ofensivo e também com muita marcação. Vou tentar equilibrar isso, com os atletas que tenho. Que a gente apresente um futebol diferente, que seja empolgante, atrativo para o público e para imprensa”.
O time alvinegro iniciou os trabalhos nesta terça-feira, com 13 atletas já contratados. Mancini acredita que, em duas semanas, o plantel estará completo. Além disso, não descartou parcerias com os outros clubes da capital. “Precisamos de todo tipo de parceria, seja para bancar um atleta, de padaria ou para comprar cones. A gente vive disso até que o Goiânia, realmente, tenha forças próprias e se levante, conquistando o acesso. Hoje dependemos de parceria e ajuda”.
