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sexta-feira, março 29, 2024
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Lindsey Lopes traça linha do tempo com metas e dificuldades no atletismo

Aos 18 anos, a goiana Lindsey Lopes surge como um dos expoentes do atletismo brasileiro. Com marcas importantes em campeonatos estaduais, nacionais e sul-americanos, a atleta conversou com o Esporte Goiano e traçou uma linha do tempo de sua carreira até aqui, abordando as metas e dificuldades de sua jornada esportiva.

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Lindsey Lopes começou sua incursão no atletismo aos 14 anos, em uma competição de escola. Sem muito compromisso, ela acabou ganhando o torneio e chamou a atenção de seu treinador na época, que a convidou a buscar uma evolução na modalidade. Sempre com o apoio da família, sobretudo a mãe, a goiana prosperou.

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“Minha mãe sempre gostou de correr, todas as áreas do esporte, me ajudou e incentivou muito. Meu pai também gosta, e isso influenciou. Foi essencial, fundamental o apoio da família para eu me tornar a atleta que sou hoje”, comentou Lindsey.

Ascensão meteórica

Com treinos de segunda a sábado, a jovem acumula alguns feitos importantes no atletismo. Começou a carreira em 2017, quando inicialmente era velocista, e já iniciou medalhando no estado de Goiás. Aos poucos, ela foi se redescobrindo e passou a competir como meio-fundo. Assim, Lindsey conseguiu o primeiro pódio brasileiro em 2018, conquistando medalhas no Sub-18 e nos Jogos Escolares do ano seguinte.

Em 2020, apesar das dificuldades acarretadas pela pandemia, Lindsey Lopes terminou em terceiro na sua prova no Brasileiro Sub-20, ostentando o segundo lugar no ranking ao fim do ano. Atualmente, ela é líder dos 800m no Brasileiro Sub-20, e vice-líder dos 1500m. Para coroar, finalizou na terceira posição no Sul-Americano Sub-20.

“Eu estava com aquela expectativa, mas quando vi que realmente aconteceu foi uma sensação muito boa e inexplicável. Passa na cabeça a trajetória e o quanto valeu a pena”, disse a goiana.

Inspirações, metas e dificuldades

As inspirações de Lindsey são a etíope Genzebe Dibaba, recordista mundial dos 1500m, e a sul-africana Caster Semenya, campeã olímpica dos 800m no Rio 2016. Os Jogos Olímpicos, inclusive, são o grande objetivo da jovem atleta. “Minha maior meta é estar nas Olimpíadas, e, mais do que isso, ser campeã. Desde que comecei no atletismo eu almejo isso. Acredito ser uma meta ousada, mas com treino e dedicação é possível”, projetou.

Antes disso, porém, existem também as dificuldades dentro do atletismo. A goiana destrinchou todas as situações mais complicadas, principalmente aquelas relacionadas à falta de recursos financeiros.

“No começo foi bem difícil. Não é todo atleta com condição de sair do estado e ir para fora. Foi primordial ter o apoio da minha mãe, sempre demos um jeito de ir. Hoje tenho o apoio do Aparecida Compete, com suporte em competições fora. Tem também o Pró-Atleta, de Goiás, e neste ano voltou a cair o Bolsa Atleta”, declarou.

Mesmo com esses auxílios, os custos são muitos. “Tem suplementação, gasto com gasolina, se for ônibus é um desgaste maior, mais ou menos duas horas da minha casa, fora a fisioterapia, pois estamos constantemente com dor, e a alimentação. É complicado para todo atleta, não só para mim”, concluiu.

Lindsey Lopes começou recentemente o curso de Educação Física na FacUnicamps, e busca também um futuro na profissão.

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Luiz Felipe Mendes
Jornalista formado pela PUC Goiás. Amante de todos os esportes, especialmente futebol e futebol americano.
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