Presidente da Associação de Cegos para Esporte e Lazer de Goiás (Acelgo), Januário do Couto conversou com o EG a respeito da equipe goiana, que vai disputar o Campeonato Brasileiro de Futebol de Cegos. O dirigente revelou que tira dinheiro do próprio bolso para sustentar o projeto e tem a expectativa de que o time fique entre os três melhores do País.
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O projeto da Acelgo teve início em 2018, mas os primeiros desenhos surgiram em 2017. Naquele ano, segundo conta o próprio presidente do clube, surgiram um atleta talentoso, Alison, e o professor Fabrício Gomes, atualmente treinador do time. Com essa motivação, Januário do Couto deu seguimento ao sonho.
“A gente jogou bola muitos anos. Fomos atletas de futebol, joguei em Brasília, Série B aqui em Goiás. Depois da aposentadoria, tinha vontade de montar um time forte aqui na cidade”, afirma.
Januário do Couto reforça o ponto de que a Acelgo precisa de apoio privado, ajuda com transporte, incentivo e uma forma de captação de atletas para que o futebol de cegos possa se desenvolver em Goiás. Mesmo assim, a expectativa do presidente é de que a equipe termine, no mínimo, entre as três melhores no Campeonato Brasileiro.
“Não tem patrocínio, não tem apoio, o que foi que eu fiz? Arrumei um segundo emprego, um segundo trabalho fora do meu trabalho oficial, para poder com o meu salário bancar o projeto. Hoje temos dois atletas argentinos, dois atletas da Seleção Sub-20, dois ex-atletas da Seleção Brasileira, atletas de vários lugares do Brasil e os meninos daqui”, conclui.