O presidente da Anapolina, Paulo Nelli, disse em entrevista à equipe Geração do Esporte, rádio Manchester de Anápolis, que realmente ofendeu o árbitro André Luis Castro, relatado em súmula, no intervalo do primeiro tempo entre Xata e Camaleão, mas revelou que perdeu a cabeça e que assume a culpa pelo acontecido.
— Uma hora a gente perde a cabeça e a paciência. Sempre me controlo, mas não deu. Espero que isso não prejudique a Anapolina. Se alguém tiver que ser apenado, que seja eu. Em julgamento explico e me defenderei — disse o presidente.
Sobre a ameaça de morte ao árbitro, Paulo não se esquivou: ”Falei que não ia sair vivo de lá, mas como que não vai se estava cheio de policiais. Ele saiu quase meia-noite de Anápolis e a torcida foi atrás. Ninguém é bobo”, completou.
Paulo Nelli ainda comentou as observações eventuais feitas em súmula por André Luis Castro, em que uma pedra foi lançada por um torcedor no quarteto de arbitragem após a partida. ”Conseguimos localizar o torcedor, fizemos todos os procedimentos que deveriam ser feitos”, ressalta.
Ex-diretor jurídico da Rubra, Theberge Pimentel avaliou as chances da Associação Atlética Anapolina ser punida, e deu seu ponto de vista. ”No artigo 235, se trata de uma situação pessoal. Isso não afeta diretamente o clube, embora dependa da interpretação do auditor do tribunal. Mas sobre a pedra lançada no gramado, pode dar problema. No artigo 300, trata da entidade, do mandante do jogo. Pode ser multada e perder mandos de campo”, disse.
Apesar do possível prejuízo para a Anapolina, Theberge destacou que o fato do torcedor que lançou a pedra ter sido encontrado pode ajudar na defesa. ”Ele foi levado para a delegacia. Pode ser usado como matéria de defesa e ele pode responder no juizado criminal”, finaliza.