Quem acompanhou a partida entre Brasil e Uruguai nesta quinta-feira (22) pôde notar que várias atletas que não foram tão aproveitadas contra o Paraguai entraram em quadra. Segundo o técnico Cristiano Rocha, o rodízio foi feito para dar experiências às atletas.
Por isso, de acordo com o comandante verde e amarelo, o time brasileiro sofreu com uma queda de rendimento em determinado momento da partida.
– Conseguimos ter um relativo controle do jogo a partir de 15 minutos do primeiro tempo. A gente então optou por criar novas possibilidades para a competição, oportunizando o máximo de meninas possível durante o jogo. Esse rodízio em algum momento influenciou um pouco nos nossos erros. Algumas meninas entraram um pouco inseguras e nervosas. Mas o objetivo era tentar fazer com que elas vivenciassem mais a atmosfera da competição. Não tivemos um jogo tão linear por conta do rodízio porque algumas meninas estiveram um pouco abaixo. Mas faz parte do nosso planejamento para ganhar novas jogadoras – afirmou Rocha.
Defesa dinâmica
A rotação defensiva do Brasil também chama a atenção durante o Pan. Contra o Paraguai, Cristiano Rocha utilizou três sistemas diferentes. Diante das uruguaias, as brasileiras variaram entre o 5-1 e o 6-0.
O treinador da seleção brasileira explicou a alteração tática e a constante troca durante a partida. Segundo Rocha, o sistema 5-1 atrapalhava o rendimento da principal jogadora uruguaia, mas foi necessário trocar para barrar jogadas diagonais e laterais.
– Independente do sistema que a gente aplicou, tínhamos um conceito para jogar contra elas, que era fechando bem o centro da defesa. Optamos pelo 5-1 no início para afastar uma das atletas dela, que tem uma eficiência muito grande fazendo gols e construindo jogadas. Mas aí tivemos dificuldades para defender as laterais e as diagonais e eu preferi baixar um pouco para mudar. Reagimos bem no primeiro momento e depois passamos a variar a defesa, que é uma característica da nossa equipe. Em alguns momentos vamos jogar um pouco mais alto e em outros um pouco mais baixo.
*Colaborou o repórter Magno Oliver – Especial ao Esporte Goiano