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sexta-feira, maio 17, 2024
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Goiás dá primeiro passo para retornar ao cenário nacional no basquete

A Confederação Brasileira de Basketball (CBB) realizou nesta terça-feira (23) uma reunião com representantes de clubes e federações estaduais interessados em compor o Campeonato Brasileiro de Basquete Masculino. A pretensão é que o torneio substitua a Liga Ouro como divisão de acesso ao Novo Basquete Brasil (NBB), o que deve ocorrer somente em 2020. Em 2019, a competição serviria como teste.

Dentre os 18 times representados, estiveram dois goianos. Pela Associação de Basquete de Anápolis (ABA), o treinador Moisés da Silva, e pelo Goiás Esporte Clube, o técnico Santiago Santana. Os dois foram a Sorocaba, onde ocorreu a reunião, acompanhados pelo presidente da Federação Goiana de Basquete (FGB), Ely Paschoal. A entidade estipulou prazo até o início do mês de dezembro para que as equipes interessadas apresentem formalmente um pedido de inclusão no torneio.

Os representantes de Goiás deixaram a reunião animados com a possibilidade de levar o estado novamente a competições de alcance nacional. “Saí muito otimista da reunião. A ideia da CBB é expandir o basquete no Brasil. Estão fazendo de tudo para fazer basquete”, disse Moisés.

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Para Santiago Santana, o Campeonato Brasileiro nasce democratizando o acesso ao basquete. O técnico esmeraldino acredita que a fundação da competição ampliará o mercado para aqueles que sonham em ser profissionais do esporte, seja como atleta, dirigente ou treinador. “Somente de ontem (terça) para hoje, jogadores de São Paulo, Paraná e Santa Catarina me procuraram para atuar na equipe. Isso mostra como o mercado está escasso, e a possibilidade de abertura está atraindo bastante gente”, pontuou.

Custos

As exigências financeiras para que as equipes participem do Campeonato Brasileiro serão bem mais brandas que as impostas pela Liga Ouro. No novo torneio, os clubes serão responsáveis por bancar arbitragem, moradia e salários de atletas, além de custos operacionais, como alimentação e transporte.

A entidade máxima do basquete brasileiro, no entanto, pretende colaborar com as equipes para amenizar o impacto financeiro. “A CBB se dispôs a buscar patrocínios para ajudar os clubes com arbitragem e transporte”, relatou Moisés.

Mais: Nas últimas temporadas, ABA fracassou em tentativa de entrar na Liga Ouro

Para reduzir despesas, a intenção é que as fases iniciais do Brasileiro sejam regionalizadas. A medida cortaria gastos com viagens e impulsionaria antigas rivalidades. Outra preocupação é com custos médicos e fisioterápicos. Para se adequar ao orçamento, os clubes goianos devem recorrer a parcerias. “Podemos fazer acordos com universidades para os tratamentos de fisioterapia, por exemplo”, cita o treinador da ABA.

Equipe unificada

Além de ABA e Goiás, Jaó, Tupy de Jussara e Araguaia Pag. Expresso estão interessados em entrar no torneio. A maioria, contudo, como parte de um projeto conjunto para o estado. Nos bastidores há um acordo costurado entre anapolinos, esmeraldinos e o técnico Breno Pinheiro, do Jaó, para que os três clubes entrem no Brasileiro como um só.

– Espero o retorno do pessoal que foi nos representar lá para conversar. Mas acredito que o caminho é este. Devemos entrar com uma equipe só. Forte e unificada, representando, de fato, o renascimento do basquete goiano – afirmou o comandante do atual campeão da Copa Goiânia.

Um dos parceiros de Breno Pinheiro no processo, Moisés acredita numa equipe unificada, mas ainda não crava este cenário. “Nós vamos conversar e decidir que rumo tomar. Precisamos ver o que vai ter de concreto, mas estou otimista”, disse o técnico da ABA.

O técnico do Goiás confirma as negociações, mas também reitera que não há nada definitivo na unificação das equipes. De acordo com Santiago Santana, há um longo caminho a se percorrer para que o projeto vingue.

– Já há alguma coisa ventilada, principalmente com Jaó e ABA, com quem temos maior diálogo. Mas o martelo ainda não está batido. Estamos agendando uma reunião para tentar dar um norte. Além disso, temos que conversar com as nossas agremiações. São muitas coisas envolvidas. Temos que fazer algo muito bem feito para que ninguém fique defasado – afirmou o comandante alviverde.

Segundo Breno Pinheiro, os treinadores também desejam a presença do Araguaia Pag. Expresso. O time comandado por Thiago Delfino, no entanto, enfrenta um imbróglio após ter se desfiliado da Faculdade Araguaia e ficado sem o principal patrocinador. Procurado pela reportagem do Esporte Goiano, contudo, o técnico não hesitou em declarar interesse no torneio. “Queremos participar de tudo que envolva o basquete”, resumiu Delfino.

Outro interessado em participar do Campeonato Brasileiro da CBB, o Tupy de Jussara toca, por ora, um projeto solo. De acordo com o técnico Hélio Torres, o tricolor jussarense ainda não foi procurado por ninguém para tratar sobre uma possível unificação. Torres, todavia, não descartou integrar qualquer tipo de parceria encampada por outros clubes.

O comandante do Tupy revelou que o clube já está desenvolvendo o modelo de gestão e trabalha a parte de documentação. Ademais, a equipe já tenta captar recursos, tanto no setor privado como no público. “Buscamos o máximo de aporte financeiro possível para montar um elenco competitivo. Queremos ter uma comissão técnica de peso”, destacou Torres. Apesar de negociações já estarem em andamento, o Tricolor ainda não tem nenhuma parceria firmada.

Rafael Tomazeti
Jornalista formado pela Universidade Federal de Goiás. Fã de esportes e apaixonado pelo estado de Goiás. Trabalhou na Rádio Universitária 870 AM, TV UFG, Rádio 730/Portal 730, Jornal Diário do Estado, Diário de Goiás e Rádio BandNews.
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