Fundado em 2012 por um grupo de amigos, o Goiânia Mad Dogs passou por diversos desafios e interrupções no beisebol em sua trajetória. A atuação da equipe nas periferias da cidade junto da participação comunitária desempenharam papel importante para o desenvolvimento do time. Atualmente, é a única representante da modalidade na capital.
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Apesar do pioneirismo, ainda há investimentos a serem feitos, conforme conta o gestor Antônio Gabriel ao Esporte Goiano.
– Eu fui a um acampamento de igreja em 2014 e joguei um baseball improvisado com tacos de críquete. Quando voltei para Goiânia, tive a brilhante ideia de comprar os materiais para jogar beisebol. No começo comprei os piores materiais por falta de conhecimento. Com uma luva, um taco e duas bolas eu fui atrás e chamei colegas de escola, deu mais ou menos certo. Desde então, comecei a pesquisar sobre os equipamentos e cada vez mais sobre as regras do beisebol, passei a assistir jogos e finalmente comprei um bom equipamento.
No entanto, é tímido o avanço e profissionalização da equipe no cenário goiano. Com isso, a compra e equipamentos e manutenção dos mesmos acaba sendo arcada pelos próprios atletas. Fator este que reflete no acesso direto do público à modalidade em Goiânia.
Gabriel ressalta que assim como os demais esportes, “a cultura brasileira apresenta dificuldades em se aproximar e relacionar com esportes além do futebol”. Conforme demonstra a pesquisa Deloitte (2011), esportes pouco conhecidos ou com pouca visibilidade tendem a ser considerados de elite, apesar de bastante disseminados.
– Sabemos que isso ocorre devido à falta de [acesso à] informação das pessoas e a um não cultivo de aprendizado para com os diversos esportes que existem. O espaço de campos e quadras é bastante limitado, permitindo praticar só alguns esportes como futebol, vôlei, basquete.
Comunidade no Mad Dogs
A participação da comunidade ao redor de onde a equipe treina tem peso para o seu desenvolvimento na região.
– No começo treinávamos em campos de futebol em lugares periféricos da cidade, isso acabou atrapalhando muito o nosso crescimento porque eram em locais distantes. Mas o time cresceu bastante principalmente devido à participação da comunidade venezuelana que reside nos setores ao redor. Os venezuelanos são apaixonados pelo beisebol assim como eu e os demais, então eles agregam com a participação e conhecimento que têm sobre o esporte, isso é muito importante porque precisamos de pessoas, qualquer um que tenha curiosidade ou interesse em aprender e praticar beisebol.
Como fazer parte?
Não é necessário fazer uma peneira para que possa fazer parte do Mad Dogs. A única exigência é que tenha no mínimo 14 anos para começar a praticar o esporte. Além disso, os treinos são abertos ao público e acontecem aos domingos, das 8h às 12h, no Projeto SustenArte, no Residencial Flórida.
– Os atletas se integraram ao time pelos meios midiáticos, mais especificamente pela internet, por meio da nossa divulgação e convite para virem treinar conosco. Para participar de nossos treinos, basta apenas ter 14 anos ou mais e entrar em contato conosco pelo Facebook ou Instagram do Goiânia Mad Dogs.
Jogos e competições
Atualmente o Goiânia Mad Dogs conta com 20 atletas em seu elenco, que dividem-se entre a prática do baseball e a vida cotidiana. Por outro lado, a equipe pretende retomar o ritmo dos treinos e almeja participar de jogos e pequenas competições.
– Por sermos um time de beisebol amador, e que ainda não se enquadra em uma categoria para disputar campeonatos e torneios, ainda não participamos de nenhum, mas é possível que isso aconteça no futuro. Em relação aos jogos amistosos, basta marcar com outros times de outras cidades, que daí nos reunimos e organizamos o transporte.