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Em trajetória relâmpago no Vila, Mika e Duda vivem sonho com transferência para a Europa

A goleira Mika e a zagueira Duda marcaram história como as primeiras atletas do Vila Nova transferidas do departamento de futebol feminino para outro país. Ambas jogarão no Valleta, um dos principais clubes de Malta, que tem a meta de chegar à Liga dos Campeões Feminina. 


Em coletiva de imprensa na sexta-feira (21), as duas, muito animadas, ressaltaram que este é um sonho e lembraram a trajetória meteórica no Tigrão. Tanto Mika quanto Duda atuaram no OBA apenas este ano e foram aprovadas numa peneirada de uma empresa de captação parceira do clube e, por isso, vão à Europa.

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Natural de Goiânia e residente em Senador Canedo, na região metropolitana, a goleira Mika tem 22 anos e chama atenção pela altura, de 1,76 m. Ela, porém, nem sempre quis atuar sob as traves.

“Eu jogo desde os seis anos de idade, comecei na escola, só brincando, mas sempre pensando em ser profissional. Eu era meia, depois passei para volante e joguei também na zaga, mas sempre brincava no gol. Todo mundo falava que eu tinha estatura para ser goleira e eu falava que não queria, não iria. Antes da gente se encontrar na posição que deveríamos estar, ficávamos com pé atrás”, frisou.

Ela se rendeu ao gol pela primeira vez para atender uma necessidade. A colega que era goleira do time que ela atuava em Senador Canedo quebrou a perna e Mika atendeu ao chamado. No Vila Nova, ela já fez um teste como goleira, passou e, de imediato, assinou um acordo para defender as Tigresas em Fortaleza. “Fui ali que soube que era a posição que nasci para jogar”, destacou.

Futebol na fazenda

Duda, por sua vez, tem 20 anos e quase toda a vida na zona rural de São Miguel do Araguaia, no noroeste do estado. Aos 18, depois de vencer o receio do pai, ela decidiu vir a Goiânia em busca de uma oportunidade no futebol. No ano passado, atuou pelo rival Atlético-GO, inclusive contra as coloradas, no Brasileiro Feminino A3. Em 2023, foi aprovada no teste para jogar com as Tigresas na A2.

“Sempre foi um sonho ser jogadora de futebol, viajar para fora também, ir para a Europa. Coração apertado de deixar a família, mas eles sabem que sempre foi um sonho e estão me apoiando”, ressaltou.

Foto: Roberto Corrêa/Vila Nova FC

Coordenador do futebol feminino e do departamento de esportes olímpicos, Willian Mendes disse que a transferência das atletas mostra o empenho que o clube tem em promover a modalidade. Ele revelou que o feminino receberá um percentual, no contrato das atletas em Malta. “Estamos muito felizes com as propostas para elas”, destacou.

Uma vez que Mika e Duda não têm contrato profissional, o Vila Nova não receberá valores pela transferência.

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Rafael Tomazeti
Jornalista formado pela Universidade Federal de Goiás. Fã de esportes e apaixonado pelo estado de Goiás. Trabalhou na Rádio Universitária 870 AM, TV UFG, Rádio 730/Portal 730, Jornal Diário do Estado, Diário de Goiás e Rádio BandNews.
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