É TETRA! Brasil supera México com gols no fim e conquista Copa do Mundo Sub-17

679
Foto: Alexandre Loureiro/CBF.
Anúncio

O Brasil é campeão da Copa do Mundo Sub-17, que foi disputada em nossa casa. Em um jogo para lá de emocionante, a Canarinho venceu por 2 a 1, no finalzinho, a difícil seleção do México. Com mais este título, a Canarinho conquistou seu tetra – quatro troféus – na competição, e segue como o 2º maior vencedor do torneio – atrás somente da Nigéria, com cinco.

Mais da Copa do Mundo Sub-17
-> Veja como foi a classificação nas quartas em Goiânia

Os gols da partida foram marcados por Kaio Jorge, de pênalti, e nos acréscimos do 2º tempo pelo iluminado Lázaro. Vale lembrar que o Brasil só se classificou para o Mundial por ser sede. No Sul-americano e classificatório, a Seleção de Guilherme Dalla Déa foi eliminada na 1ª fase.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

México 1×2 Brasil

A disputa começou com uma proposta brasileira bem ofensiva. Tanto que o Brasil terminou a 1ª etapa com 13 finalizações, sendo quatro em direção ao gol, sete para fora, dois bloqueados e um chute na trave. As melhores oportunidades foram construídas por Gabriel Verón, jovem do Palmeiras, que tem um futebol muito parecido a outro jogador de seu time, Dudu. João Peglow comandou as ações e fez seu melhor tempo no mundial. O artilheiro, Kaio Jorge, por sua vez, ficou devendo.

Verón teve a melhor chance logos aos 14 minutos. Foi quando Yan Couto cruzou na direita, na medida para o atacante. O jovem palmeirense recebeu na pequena área e finalizou por cima da meta de García. Em outra oportunidade, o brasileiro que leva nome de craque argentino chegou em sua característica. O atacante arrancou pela intermediária, invadiu a área e chutou à direita do gol de García. Essa tirou tinta de trave.

E falando em trave, esta foi acertada pelo meia-atacante do Internacional, João Peglow. Para ser mais preciso, o travessão. Kaio Jorge fez bela jogada e ajeitou para Peglow. O camisa 10 brasileiro arriscou da altura da meia lua, a redonda passou por García, mas morreu no travessão. Quase o gol do Brasil.

Os mexicanos só chegaram com real perigo em uma vez na etapa inicial. E foi em lance de bola parada. Aos 24, Efrain Álvarez cobrou falta com muita técnica e precisão. A bola passou à direita do gol defendido por Matheus Donelli. Por centímetro o chute não parou no ângulo do goleiro brasileiro, que nada poderia fazer no lance. Ainda deu tempo de Gabriel Verón chegar com chute rasteiro para defesa tranquila de García. Porém, ainda que disputado e com diversas chances, o 1º tempo terminou mesmo sem gols.

O último tempo do Mundial: o derradeiro e decisivo

Na etapa complementar, a peleja seguiu com mais chances brasileiras. Porém, os comandados por Guilherme Dalla Déa demonstravam nervosismos na hora de concluir as jogadas. Para se ter uma ideia, o Brasil finalizou 24 vezes a gol durante toda a partida, mas sempre esbarrava numa falta de capricho ou coisa do tipo.

Dentro dessas ocasiões, Kaio Jorge recebeu passe de Peglow na medida, mas finalizou errado. Depois, Patryck e Peglow tentaram chutes à longe distância. Mas, lá estava sempre ele, García, para fazer defesas importantes. Neste cenário de pressão brasileira, foi o México que marcou primeiro.

Aos 20, sem marcação, Pizzuto cruzou da esquerda com precisão. Na área, estava González, que subiu sozinho, entre os dois zagueiros brasileiros, para cabecear no canto direito de Matheus Donelli. O arqueiro brasileiro depois seria eleito o melhor do Mundial em sua posição, mas essa não deu para o goleiro corintiano.

A estrela Lázaro do Brasil

Quando tudo parecia difícil, surgiu a estrela de Guilherme Dalla Déa. Que colocou outra estrela dentro das quatro linhas. Numa substituição improvável, o treinador brasileiro sacou o seu armador e camisa 10, João Peglow. O meia do Inter se tornou a referência do Brasil sem os ícones Reinier e Talles Magno. Porém, entrou Lázaro, que seria novamente o herói, depois se selar a classificação nas semi, diante dos franceses.

Porém, antes do gran finale, Daniel Cabral ainda chutaria uma bola sem pulo, de fora da área. A bola morreu no travessão e nas mãos de García antes de sair de perigo. Na jogada seguinte, algo que determinaria o fluxo da peleja. Verón foi derrubado dentro da área quando tentava se desvincilhar da zaga mexicana. O juiz analisou as imagens do VAR e assinalou pênalti.

Em um lance que pareceu durar 10 minutos, Kaio Jorge chutou na direita, fraco e rasteiro. Todavia, a bola entrou. A bola ainda foi tocada por García antes de se encontrar definitivamente com as redes. Era o empate do Brasil, aos 39 minutos do 2º tempo. Depois disso, a torcida empurrou até o fim.

Foi quando, aos 47, veio o gol do tetra. Yan Couto fez um cruzamento perfeito da direita, no segundo pau. Lá estava ele, o iluminado Lázaro, sozinho, para empurrar para as redes, no canto esquerdo de García. Desta vez o goleirão não pôde fazer nada. Era o gol do título brasileiro. Brasil, tetracampeão da Copa do Mundo Sub-17, desta vez jogando em seu quintal, com final em Brasília, no Bezerrão, mas com duas passagens por Goiânia.

Ficha técnica
México 1×2 Brasil – Final da Copa do Mundo Sub-17
Data: 17 de novembro de 2019
Horário: 19h
Local: Estádio Bezerrão; Gama – Brasília (DF)
Árbitro: Andris Treimans (Letônia)
Auxiliares: Haralds Gudermanis (Letônia) e Aleksejs Spasjonnikovs (Letônia)
4º árbitro: Chris Beath (Austrália)
VAR: Marco Di Bello (Itália)
Auxiliar do VAR: Dennis Higler (Holanda)
Cartões Amarelos: Ávila, Aleandro Gómez e Joel Gómez (M); Daniel Cabral (B)
Gols: González (20′ do 2º tempo) (M); Kaio Jorge (39′ do 2º tempo – de pênalti) e Lázaro (47′ do 2º tempo) (B)
México: García; Lara, Rafael Martínez e Alejandro Gómez; Gúzman, Pizzuto, Josué Martínez e González; Muñoz (Joel Gómez), Luna (El-Mesmari) e Álvarez (Ávila)
Técnico: Marco Ruíz
Brasil: Matheus Donelli; Yan Couto (Garcia), Henri, Luan Patrick e Patryck; Daniel Cabral, Diego Rosa e Pedro Lucas (Matheus Araújo); Gabriel Verón, Kaio Jorge e João Peglow (Lázaro)
Técnico: Guilherme Dalla Déa

França vira sobre holandeses e consegue 3º lugar

Se na Copa do Mundo de 2014 a Holanda conseguiu vitória na disputa do 3º lugar sobre o Brasil, desta vez a Laranja Mecânica teve de se contentar com a quarta colocação. Os holandeses até abriram 1 a 0 com gol de Taabouni, na saída do goleiro Lima Semedo. Porém, ficou por isso.

A França conseguiu a vitória de virada com três tentos do jovem Kalimuendo-Muinga, uma das joias da base parisiense do PSG. Em tarde inspirada, o atacante chegou a cinco gols em sete jogos no Mundial e empatou na artilharia pelos Bleus com Mbuku, do Reims. O hat-trick cravou o lugar francês no Mundial Sub-17, disputado no Brasil. Esta partida contou como preliminar da decisão entre Brasil e México, e também ocorreu no Bezerrão.

Ficha técnica
Holanda 1×3 França – Disputa do 3º lugar da Copa do Mundo Sub-17
Data: 17 de novembro de 2019
Horário: 15h
Local: Estádio Bezerrão; Gama – Brasília (DF)

Árbitro: Andreas Ekberg (Suécia)
Auxiliares: Mehmet Culum (Suécia) e Stefan Hallberg (Suécia)
4º árbitro: Redouane Jiyed (Marrocos)
VAR: Drew Fischer (Canadá)
Auxiliar do VAR: Craig Pawson (Inglaterra)

Cartões amarelos: Sem cartões
Gols: Taabouni (14′ do 1º tempo) (H); Kalimuendo-Muinga (22′ do 1º tempo, 9′ do 2º tempo e 17′ do 2º tempo) (F)

Holanda: Raatsie; Hoever, Rensch e Salah Eddine; Taylor, Maatsen e Regeer; Taabouni, Unuvar (Bannis), Hansen e Braaf (Allouch)
Técnico: Peter Van Der Veen

França: Lima Semedo; Soppy, Matsima, Kouassi e Altikulac (Pembelé); Agoumé, Taibi, Lepenant (Ahamada) e Aouchiche; Mbuku (Lihadji) e Kalimuendo-Muinga
Técnico: Jean-Claude Giuntini

anúncio

DEIXE UMA RESPOSTA

Please enter your comment!
Please enter your name here