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sexta-feira, abril 19, 2024
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Primeira mulher no Circuitão, Harumi sonha chegar ao CBLoL

Aos 21 anos, a goianiense Gabriela Harumi escreveu seu nome na história dos eSports no país. A suporte da Rensga se tornou a primeira mulher a defender uma organização no Circuito Desafiante e apenas a terceira no Brasil em um circuito profissional, ao lado de Julia “Cute”, na Superliga ABCDE, e Júlia “Mayumi”, que defendeu a INTZ.

 

Fã de games desde muito pequena, ela se apaixonou pelo League of Legends (LoL) há cinco anos. A peneira realizada pela Rensga abriu as portas para que ela pudesse inaugurar a experiência profissional. “Antes, eu jogava apenas solo e buscava uma oportunidade. Quando um amigo me mandou o anúncio da peneira, eu resolvi tentar”, conta Harumi, que entrou para o time GO dos cowboys, formação que dá suporte à equipe principal.

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A cowgirl não escondeu a alegria de participar de sua primeira partida profissional de um circuito oficial da Riot Games. “Eu fiquei muito feliz com a oportunidade! Jogar em uma partida oficial da Riot e ser a primeira mulher a fazer isso é um passo gigantesco para minha carreira”, destaca. A goiana, de imediato, ganhou um batalhão de fãs e muitas mensagens de incentivo. Para não atrapalhar a concentração para o duelo com a Falkol, ela evitou acompanhar os recados dos admiradores. Ao ver todo o apoio, ela se surpreendeu.

– No dia eu já estava muito nervosa, então preferi não ver o que estava acontecendo até o final do jogo, porque apesar da maioria das mensagens serem de apoio, aquelas uma ou duas de ódio batem muito forte. Eu só vi depois da partida e fiquei em choque! Sabia que seria algo grande, mas não imaginava a quantidade de pessoas, e até outras figuras públicas que eu admiro tanto, me mandando mensagens de carinho. Fiquei muito feliz!

Futuro na elite

Após dar mais um passo como pro player, Harumi quer seguir crescendo. Com contrato em vigor com a Rensga, ela deve deixar a formação para o retorno de Zirigui, mas estará na torcida nas semifinais. Enquanto isso, ela se prepara para dar passos cada vez maiores. A cowgirl sonha em chegar ao Campeonato Brasileiro de League of Legends (CBLoL).

– As carreiras de pro player em jogos eletrônicos estão crescendo cada dia mais, e o que eu espero é que elas continuem assim, criando campeonatos e ocupando espaço na mídia. Eu tenho como meta, e sonho, participar do CBLoL. Desde que entrei para a Rensga vejo isso cada dia mais próximo. Tenho contrato com o time e é nisso que estou focada agora – assevera.

Exemplo para as mulheres

Apesar de ser uma modalidade nova, com ambiente mais jovem, os esportes eletrônicos ainda carregam condutas machistas, conforme relata Harumi. Mesmo feliz pela estreia, ela afirma que é “triste saber que até hoje nenhuma mulher teve essa oportunidade”. “Existem muitas jogadoras boas no cenário”, conta.

Harumi diz que, hoje, “o maior desafio é quebrar a barreira do machismo inserido na comunidade gamer”. A suporte da Rensga revelou que, por ser mulher, está “sempre precisando provar potencial e dignidade para estar ali no meio dos meninos”. “As situações preconceituosas são muito comuns ainda”, lamenta.

Para ela, sua trajetória pode servir de exemplo. “A comunidade ainda tem alguns traços machistas, mas aos poucos, e, principalmente depois da minha estreia, acredito que a mudança desse tipo de pensamento será grande”.

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Rafael Tomazeti
Jornalista formado pela Universidade Federal de Goiás. Fã de esportes e apaixonado pelo estado de Goiás. Trabalhou na Rádio Universitária 870 AM, TV UFG, Rádio 730/Portal 730, Jornal Diário do Estado, Diário de Goiás e Rádio BandNews.
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