O Tiro com Arco vem, aos poucos, ganhando força em Goiás. Contudo, o esporte ainda não tomou grandes proporções entre o público feminino no estado. Na modalidade Indoor, por exemplo, apenas duas mulheres competem. Uma delas é a empresária Camila Hikari, de 26 anos.
Hikari se tornou arqueira há cerca de um ano e quatro meses, após encontrar o esporte na internet. Depois de algumas aulas experimentais, ela se apaixonou e agora atira três vezes por semana. “É minha válvula de escape. O dia a dia é muito corrido por lá (na empresa), e eu venho aqui atirar e esfriar a cabeça”, disse em entrevista ao Esporte Goiano.
Mais do Tiro com Arco:
-> Após início no Rugby, engenheiro mira chegar às Olimpíadas como arqueiro
-> Do Tênis de Mesa ao Tiro com Arco, Alair Rocha mira Paralimpíadas
O número baixo de mulheres no Tiro com Arco deve-se, segundo Hikari, ao pouco conhecimento que o público tem do esporte. Para ela, muitas meninas associam o esporte com outras atividades mais ríspidas. Além disso, conforme explica a empresária, a questão econômica pesa. Apesar de tudo, a arqueira ainda sonha em formar uma equipe feminina em Goiás e convida outras atletas a conhecerem a modalidade.
– Quando você fala Arco e Flecha, se remete à caça. Tem muita mulher que acaba não gostando. O competitivo é muito interessante, mas exige certa força e é um esporte muito técnico. Não é simples de se praticar. Há também a questão econômica, por não ser um esporte barato. Não há muitas pessoas praticando, e mulheres menos ainda. Meu sonho é fazer o time aqui. Quem quiser, pode vir atirar com a gente, serão sempre bem-vindas – assevera.
Objetivo
Ainda com pouco tempo no Tiro com Arco, Camila Hikari, que compete no Arco Composto, já tem pretensões de disputar torneios nacionais. A arqueira diz que tem crescido, principalmente observando outras atletas.
– Tenho evoluído bastante. Como o sistema é integrado, consigo olhar as meninas de outros estados atirando. Aí fico comparando. Claro que há diferença de clima e o campo também varia muito, mas é interessante. Sempre estou correndo atrás do que as pessoas do topo fizeram. É bem legal – comenta.
Hikari espera que sua evolução a leve para o topo de sua categoria no país. “Queria chegar no Brasileiro, tentar pegar medalha. Queria chegar, no Brasil, pelo menos entre as cinco primeiras”, revela.