A delegação goiana brilhou em terras sul-mato-grossenses no último final de semana. Composto por 65 pessoas, entre atletas e acompanhantes, o Time Goiás, maior equipe no evento, foi campeão do Torneio Internacional e Interestadual de Campo Grande no Tênis de Mesa.
Os atletas goianos eram, em sua maioria, das cidades de Goiânia, Mineiros e Santa Rita do Araguaia. O título geral no Mato Grosso do Sul coroou o trabalho árduo de um ano realizado pela Federação de Tênis de Mesa de Goiás (FTMGO). Em entrevista ao Esporte Goiano, o vice-presidente Herlei Silva se mostrou muito animado com o resultado e com o desenvolvimento a curto prazo do esporte no estado.
– Esta taça está começando a nos abrir portas. Empresas e instituições da mídia estão abrindo os olhos para a FTMGO. Vamos dar um passo de cada vez. Mas isso demonstra que Goiás tem uma entidade forte e promissora a formar atletas de ponta e mudar a vida de várias crianças carentes, quando nossos projetos estiverem implementados. Goiás é um celeiro de atletas. Colocaremos o estado no topo do ranking nacional – afirmou.
A FTMGO ainda funciona sem aportes, seja do poder público ou do setor privado. Os dirigentes desejam implementar projetos sociais para direcionar mesas de pingue-pongue às escolas públicas e assim formar atletas para o Tênis de Mesa. No entanto, a falta de verba inviabiliza o planejamento. “Nos falta dinheiro até para alugar um Centro de Treinamento. Dependemos das academias para treinar os atletas, que pagam pelas aulas”, relatou Silva.
Até mesmo para a disputa do Torneio Internacional e Interestadual de Campo Grande, os atletas e acompanhantes precisaram custear com recursos próprios a viagem e os gastos com a competição. “As 65 pessoas que foram, pagaram do próprio bolso a passagem, a inscrição, a hospedagem”, disse o vice-presidente da federação.
A FTMGO planeja muitos eventos locais para o segundo semestre, mas o foco é no Brasileiro, que será disputado em São Paulo, em dezembro. Serão mais de 1 mil atletas de todo o país. A delegação goiana pretende fechar um ônibus para ir à capital paulista, mas sabe das dificuldades.
– A viagem para São Paulo é bem mais cara do que para Campo Grande. Estamos trabalhando muito para tentar arrecadar patrocínios e pagar parte das nossas despesas – contou Herlei Silva.