A volta do futsal em Goiás está dependendo apenas da liberação da vigilância sanitária do Estado. A informação foi revelada pelo presidente da Federação Goiana de Futsal, Murilo Macedo, em entrevista ao Esporte Goiano. Para o diretor, tal ação deve acontecer até o final do mês.
Murilo ainda destacou que, com a liberação sendo executada, os clubes e a entidade deverão entrar em acordo para detalhar como se dará o retorno. Dependendo do tipo de obrigação exigida pela Vigilância Sanitária, como por exemplo realização em massa de exames da Covid-19, a FGFS não teria condições financeiras para arcar com as despesas.
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– A situação está desenhada. Protocolamos na SEDETEC (Secretaria Municipal de desenvolvimento econômico, trabalho ciência e tecnologia) uma reunião na câmara municipal de Goiânia, com o vereador Denício Trindade, juntamente com os outros esportes, basquete, vôlei e o handebol, apresentando o protocolo e pedindo a volta dos jogos. Isso foi apresentado para o COE (Comitê de Operações de Emergência), e de forma informal foi falado que eles se apresentaram favorável para o retorno, segundo o vereador. No entanto agora esperamos apenas a vigilância sanitária emitir uma norma técnica, e diante dessa nota, o prefeito de Goiânia tem que soltar um decreto. Dependo dessa liberação para as competições, que ainda não temos, mas acredito que talvez libere até o fim do mês, com o passar do período eleitoral.

POSSÍVEIS DATAS PARA AS COMPETIÇÕES
Com a possível liberação ainda neste mês, Murilo Macedo acredita que tudo ainda dependerá de como os clubes de futsal do estado, estão no momento. Devido a crise financeira, que abalou todos os times e a federação, desde o início da pandemia.
O presidente estipula um possível retorno em janeiro de 2021. A preocupação no cenário nacional também se faz presente, visto que o retorno das competições brasileiras estão prestes a serem executadas.
– Eu acredito que se liberar em dezembro, dependerá dos clubes para ver se cada um tem estrutura para fazer a competição. Se todos estiverem de acordo, e se não tivermos tempo hábil de realizar os torneios em dezembro, começaríamos em janeiro. Mas se ainda não tivermos a liberação, não adianta nós planejarmos ou tomar algum tipo de ação. Tenho uma preocupação, pois estão chegando as convocações para as competições nacionais. O Arena mesmo irá participar do sub-15 em Pernambuco, agora em janeiro, ou seja, os torneios nacionais estão chegando e os clubes goianos não tem como nem treinar.
Dificuldades financeiras da Federação
Caso consiga a liberação da vigilância, o retorno imediato se daria por meio das competições adultas, se os atletas concordassem com as regras impostas. Murilo salientou que a FGFS não tem condições de bancar exames para todas as categorias. Desta forma, caberiam aos clubes aceitar o que for exigido pelas autoridades de saúde para executar o retorno.
– Se a liberação por parte da vigilância sanitária ocorrer, temos projetos de iniciar pelo menos as competições do adulto e do sub-20, pois são atletas com idade para responder por seus atos. A FGFS não pode pegar para ela uma responsabilidade que é do clube, principalmente na questão da saúde do atleta. A federação hoje não tem como se responsabilizar pela testagem de cada jogador. Se for do método que a federação fique obrigada para assumir todas essas responsabilidades, nós não teríamos condições econômicas para fazer isso. Se os times concordarem com as regras impostas, nós faremos. Caso contrário, a FGFS não tem como absorver isso, de forma alguma.

Desejo de retorno e cautela dos clubes
Por fim o presidente da entidade destacou que há um grande desejo de retorno das atividades, dentro dos times do estado. No entanto existe um certo receio de como a Covid-19 vem se comportando dentro do estado, ainda.
– Os clubes estão com muita pré-disposição e com muita vontade de voltar. Porém na mesma hora todos estão muito cautelosos para o retorno, pois estão vendo a evolução da doença. Ninguém quer se expor dessa maneira, mas o desejo, se tiver uma liberação com todos os cuidados, de voltar é grande. Uma coisa eu destaco: a Federação não dá um passo sem ter algum tipo de legalização concedida. A saúde é prioridade, mais vale uma vida do que um troféu. Perdemos o Airton, da seleção, figura carimbada do futsal goiano, e foi uma perda muito grande, então não podemos passar por cima disso.
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