Nada vem de mão beijada. As palavras de Christian Bittencourt, coordenador técnico da equipe Stargym e também da Federação Goiana de Ginástica (FGG), valem tanto para o esporte quanto para a vida. Em entrevista ao EG, o profissional com vasta experiência no currículo deu uma verdadeira aula acerca da modalidade no âmbito estadual e nacional.
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Christian Bittencourt tem 46 anos e é coordenador técnico da Stargym, uma equipe goiana de ginástica que nasceu em 2020. Hoje com cerca de 250 crianças, o profissional acredita que o projeto está no caminho certo. Porém, ainda há uma longa estrada pela frente.
“Estamos no meio do caminho, mas a intenção é trabalhar para formar atletas não só em níveis iniciantes e intermediário, mas também no avançado”, projeta.
A importância do incentivo à ginástica
Para que isso aconteça, é preciso popularizar a modalidade. Para Christian, o XLI Torneio Nacional de Ginástica Artística, primeira competição nacional com público liberado após a pandemia, foi um excelente passo. Afinal de contas, foram quase 700 atletas e recorde de público no Ginásio Rio Vermelho, em Goiânia.
“Foi um evento muito importante para aproveitar o ‘boom’ da ginástica, principalmente após os resultados da Seleção Feminina em Mundiais. […] Aproveitando a presença da ginástica da mídia, esse tipo de evento vem a massificar e oferecer (oportunidades) a atletas de todos os níveis”, complementa.
Com o incentivo à ginástica, os alunos passam a vivenciá-la cada vez mais no dia a dia, chegando ao ponto de ficarem com vontade de praticar. Mesmo quando não querem atuar em alto nível, esses jovens correm atrás do esporte. Inclusive, muitas crianças.
A experiência e o trabalho
Christian já participou de Mundiais e Pré-Olímpicos como atleta na ginástica de trampolim, e treinou o goiano Rafael Andrade, que disputou os Jogos Olímpicos de 2016. Com uma vasta experiência no currículo, ele tenta passar essa bagagem para as crianças.
“Tudo depende de trabalho. Nada vem de mão beijada. Apesar de todo mundo falar que esportes olímpicos são amadores, nós sabemos que não são. Um atleta de alto rendimento treina oito horas por dia. A vida, o trabalho é aquele”, finaliza.