A corrida mais famosa do Brasil – e uma das mais tradicionais do circuito mundial – a São Silvestre, terá a participação de 12 atletas anapolinos. Nesta edição, apenas dois participarão do pelotão de elite, Regiane Braga e Pablo Fagundes.
A classificação aconteceu após os velocistas alcançarem bons resultados em outras competições e conquistarem um lugar no ranking nacional. A prova acontecerá no dia 31 de dezembro e será transmitida para todo Brasil.
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Braga participou da edição anterior, onde terminou na 8ª posição entre as brasileiras e em 13º na classificação geral. Agora, para 2023, ela esperava ter mais tempo para preparação, mas a questão financeira impediu o planejamento.
“Eu queria mesmo ter me preparado por três meses, sem entrar em nenhuma competição, só para a São Silvestre, para chegar melhor que o ano passado”, contou.
“Mas como eu não tenho um patrocínio fixo, com a renda fixa, que me ajude a me manter, pagar as contas e poder estar preparada, ainda estou participando de muitas competições”, completou.
Segundo ela, a intenção é, no começo de dezembro, parar com as competições para descansar e focar somente na São Silvestre, com treinos diários, pesados, para aumentar o volume e chegar bem para os 15km de prova.
“Tanto para mim, quanto para o Pablo Fagundes, faltou esse apoio financeiro maior. A gente tem a bolsa de Anápolis, de R$ 550, mas não dá para se manter como atleta de alto rendimento, nós temos que viajar, competir, o certo mesmo era ter parado por uns três meses antes da prova e treinado somente para ela”, destacou.
“Mas infelizmente a gente não tem esse apoio, temos que entrar em muitas competições. Eu acabei de vir de São Paulo, há poucos dias fui a segunda colocada na corrida da New Balance que está me patrocinando com materiais esportivos e assim vai até o início dezembro, agora uma das últimas será o circuito anapolino”, continua.
Mesmo com todas as dificuldades, a atleta considera que seu desempenho tem sido satisfatório. “Ano passado eu representei bem, espero esse ano representar melhor ainda”, ressaltou.
Braga ainda lembrou da importância do ex-treinador na carreira, uma espécie de pai para ela, Genivaldo José Caixeta, presidente da Federação Goiana, e atual treinador, Edilberto Barros, de Brasília, destaque entre os técnicos brasileiros, ex-treinador de Lucélia Peres, uma das brasileiras que se sagrou campeã da são Silvestre.
Pablo Fagundes, por sua vez, revelou que tratou recentemente de uma lesão e que espera, ao menos, completar a prova em São Paulo.
“Estava com uma lesãozinha, tive que abrir mão de algumas provas para tentar recuperar e participar da São Silvestre, ir lá correr e correr bem”, disse o atleta, que participa pela primeira da competição.
“Mas vamos fazer um trabalho diferenciado, um trabalho de fortalecimento junto com o pedal, corrida na esteira, visando poder participar da São Silvestre e fazer uma boa prova”, concluiu.