Adriana Barbosa de Andrade, moradora de Anápolis, será a única atleta de Goiás na Maratona Para Todos, evento do Comitê Olímpico Internacional (COI) que ocorre durante os Jogos Olímpicos de Paris. A corrida é para atletas amadores de todos os países.
A goiana tem 50 anos e começou recentemente a correr. Antes adepta da musculação, ela viu na corrida uma alternativa quando as academias se fecharam na pandemia de Covid-19. Foi o incentivo do marido que a fez tomar gosto e se desafiar cada vez mais.
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O marido de Adriana, Roberto Bittar, é maratonista, triatleta e treinador. Os dois, juntos, antes mesmo de ela se apaixonar pela modalidade, já rodavam o mundo em viagens, embora ela ainda não tivesse desenvolvido o amor pela corrida.
“Durante a pandemia, sem as academias, fiquei sem saber o que fazer. Meu marido me chamou para correr. Íamos para um condomínio afastado e lá comecei. Ele passou planilhas para avaliar meu desempenho e peguei o gosto. Entrei, de fato, no mundo da corrida nesta época”, disse ao EG.
Depois da Covid-19, ela não parou mais. Em 2021, sincronizou – a pedido do marido – um aplicativo de treinos, o mesmo que faz a seleção para as pessoas que participarão da Maratona Para Todos. “Meu esposo me indicou porque era ele que tinha muita vontade de ser sorteado”, lembra Adriana.
Em junho do ano passado, a anapolina recebeu a notícia de quer foi sorteada para correr na Olimpíada de Paris. “Foi uma surpresa. Não tinha isso como foco. Na época, até falei que não queria ir, pois não corro os 42 km, só 21 km”, revela. Foi novamente o Roberto que a dissuadiu. “Ele me falou que eu teria o treinamento necessário e iria”, destacou.
Em Paris, ela correrá na noite do dia 10 de agosto, ao lado de milhares de outros maratonistas amadores. Para completar o percurso de 42 km, tem intensificado os treinamentos. “O treino subiu bem quando começou o ciclo, nos últimos três meses”, frisa.
Adriana corre de três a quatro vezes na semana, treina musculação três vezes na semana e faz pilates uma vez por semana para o avanço da mobilidade.
“Eu quero completar a maratona para que cada corredor de rua, sem pretensões de pódio ou troféu, se sinta capaz. A corrida para mim é isso: desafio pessoal e sem comparações com os outros.