Em 2004 foi realizada a 15º edição do Campeonato Brasileiro de Basquete. A competição foi disputada por 16 equipes. O Universo/Ajax era o representante goiano no certame e, ao lado do Brasília, únicas equipes da região centro-oeste no torneio.
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A equipe goiana era comandada por Alberto Bial, técnico campeão Sul-Americano dirigindo o Vasco, em 1998. No elenco, o Universo/Ajax contava com nomes de destaque no cenário nacional, como os armadores Ratto e Manteiguinha, os alas Vanderlei e Diego e os pivôs Sandro Varejão e André Bambu.
Campanha no Campeonato Brasileiro de Basquete
Na fase de classificação, o Universo/Ajax terminou na terceira posição. Em 30 jogos, a equipe somou 51 pontos. Foram 21 vitórias e nove derrotas, um aproveitamento de 70% dos pontos disputados.
Nas quartas de final, a equipe eliminou o Uniara/Araraquara (SP), sexto colocado na primeira fase. Em melhor de cinco jogos, o Universo/Ajax venceu pelo placar de 3×1. Na semifinal, o adversário foi o Flamengo/Petrobras, que contava em seu elenco com jogadores como os jovens Olivinha, Duda Machado e os experientes Olivia, Gema e Marc Brown.
Na melhor de cinco jogos, uma série bastante disputada. O Flamengo/Petrobras venceu o primeiro por 85×83. O Universo/Ajax deu o troco na segunda partida, vencendo por 95×75. No terceiro, o Flamengo/Petrobras novamente tomou a liderança da série, vencendo por 110×101.
Jogo quatro: a partida que terminou nos tribunais
No dia oito de junho de 2004, o Universo/Ajax recebeu o Flamengo/Petrobras para a quarta partida da série. Em desvantagem, a equipe goiana disputou o quarto confronto em casa em casa. No Ginásio Rio Vermelho, os times fizeram uma partida bastante equilibrada durante os quatro períodos de jogo.
No último segundo de partida, o placar mostrava 78×76 para o Universo/Ajax. O último arremesso do duelo foi de Marc Brown, armador do Flamengo/Petrobras. O jogador acertou o arremesso de três pontos e virou a partida para a equipe carioca. No primeiro momento, o árbitro Sérgio Pacheco validou a cesta, dando a vitória para o rubro-negro, com isso, o Flamengo fechava a série e ia para a final da competição.
Porém, 20 minutos após o término do jogo, com o resultado já sacramentado, o árbitro voltou a quadra e disse que havia sido informado que o lance não estava valendo, pois o cronômetro estava zerado. A euforia do Flamengo/Petrobras logo se transformou em fúria, enquanto o Universo/Ajax comemorava a sobrevida na competição.
A polêmica foi tão grande, que Emanuel Bonfim, treinador do Flamengo/Petrobras ameaçou de não dirigir a equipe carioca dali em diante. Porém, o técnico voltou a beira da quadra para comandar a equipe.
Vitória do Universo/Ajax nos tribunais
Devido a forma que terminou o jogo quatro, o Flamengo/Petrobras ingressou nos tribunais para tentar reverter o resultado da partida. Três dias após o revés, a equipe pediu a suspensão da partida, pedido que foi acatado pelo Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD).
No dia 23 de junho foi realizado o julgamento. Por decisão unânime (6×0), o pedido do Flamengo foi negado. A partida decisiva foi marcada para dois dias depois, no dia 25 de junho. Quem estava atento ao desenrolar dos fatos era o Unit/Uberlândia, que já estava classificado para a final.
Após polêmica, Flamengo se classifica para a final
Atuando em casa, o Flamengo/Petrobras foi melhor durante todo o confronto e não deu chances para o Universo/Ajax. O placar final foi de 97×85 para a equipe carioca. O destaque do time goiano foi o armador Manteiguinha, com 22 pontos.