Homem forte do Anápolis, Zé Paulo quer pendurar as chuteiras como dirigente

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O homem que há onze anos comanda o Anápolis Futebol Clube, quer pendurar as chuteiras como dirigente. Após longo período sem se manifestar, o empresário José Paulo Tinazo talvez esteja em seus últimos meses como presidente do Conselho Deliberativo do clube.

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— Vejo que para mim é hora de parar. Faz mais de dez anos que estou aí. Tenho outros compromissos também grandes para tocar. Quero deixar, esta é minha convicção. Meu tempo já passou, fiz o que podia. Vejo que agora é preciso renovar, abrir espaço para outros que também gostem do Anápolis — disse.

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Preocupado com o futuro do Galo, Tinazo recebeu o Jornal Estado de Goiás, Geração do Esporte/Esporte Goiano, e defendeu a reoxigenação da diretoria tricolor. E ainda confirmou que teve proposta do empresário Francis Melo para transformar o Anápolis em clube-empresa; disse que o clube praticamente zerou suas dívidas e tem todas as certidões negativas; nega que haja estremecimento entre dirigentes; e que o clube ainda não tem posição oficial sobre as eleições na Federação Goiana de Futebol.

Confira as perguntas respondidas por Zé Paulo:
Foto: Orisvaldo Pires
1 – Que avaliação a diretoria faz desta temporada, em que o Anápolis mais uma vez caiu para a segunda divisão?
Foi Um ano muito difícil para nós. Nosso time era mediano, mas não era para cair para a segunda divisão. Aconteceram vários fatores, um deles é que fomos prejudicados pela arbitragem. Faltou patrocínio, fizemos o possível, mas infelizmente não deu liga e não conseguimos nos manter.
2 – No final do ano passado o senhor reclamou da falta de apoio para cumprir com pagamento de débitos. O que mudou de lá para cá?
Quando terminou o campeonato de base ficou resíduo grande para pagar. Nós avisávamos que não teríamos dinheiro suficiente para pagar. Depois veio o Campeonato Goiano, a Prefeitura ajudou, a Geolab também, mas o Brejeiro infelizmente este ano não patrocinou e esta parte quem teve que bancar foi eu. Fomos tocando o barco. A gente gritou, gritou, mas não adianta. São sempre os mesmos que estão lá e temos que pagar as coisas em cima da hora. A despesa é alta.
3 – O senhor já demonstrou que poderia deixar a diretoria do clube e abrir espaço para outros. Ainda pensa assim?
Vejo que para mim é hora de parar. Faz mais de dez anos que estou aí. Tenho outros compromissos também grandes para tocar.
4 – Há possibilidade do retorno do empresário Francis Melo ao Anápolis?
Por que não? Só que o Francis Melo já passou aqui no Anápolis por um processo de desgaste grande. É meu amigo, gosto dele, é uma pessoa direita. Ele já me propôs isso. A hora que quisermos, eu e André Hajjar, fazer uma S.A. ele retornaria. Fazer um clube empresa. Ele seria sócio. Traria dinheiro, remodelaria toda parte das categorias de base, para fazer um clube profissional. Foi uma proposta que ele fez, mas não quer dizer que o Anápolis tenha que passar por isso. Outras pessoas podem vir e fazer parceria, talvez sem transformar o clube em empresa. Virão jogadores, haverá divisão de base, mas tem que pôr dinheiro.
5 – O Anápolis tem atletas com contrato assinado com o clube?
Não temos mais. Apenas alguns meninos da casa, dois ou três. E que não liberamos porque estão contundidos, fazendo fisioterapia. Damos assistência médica, remédio, salário. Estamos fazendo negócio envolvendo o Vitinho, fizemos uma reunião, parece que vai dar certo.
6 – Há divergências internas na diretoria do Anápolis?
Veja. O André Hajjar se afastou, mas continua sendo meu amigo. Temos relação de carinho, respeito e amizade. Não há nada que abale isso. O Nassin Hajjar, nem se fala. O Karin Abrão está sempre comigo. O Mário Alves é sensacional, meu amigo, o convidei para ser presidente, mas ele não pôde por várias questões de ordem pessoal. Mas está sempre disposto a nos ajudar. Não há qualquer animosidade com ninguém. Não há rachas. O que não temos é uma diretoria que seja atuante, não estamos conseguindo isso.
7 – Como o senhor acompanha o processo sucessório na Federação Goiana de Futebol e qual a posição do Anápolis sobre a chapa de oposição que é formada?
É uma questão delicada. Temos amizade com os dirigentes da federação, somos amigos, nos tratam da melhor maneira possível. Fui procurado pelo Dr. Marcos Egídio e depois pelo deputado federal Jovair Arantes. Eles acreditam que está na hora de mudar. Sou a favor de mudanças. Não por causa do André Pitta, os demais dirigentes atuais. Sou a favor de mudança porque faz parte do meu pensamento. Fica oito anos, está bom, dê lugar a outro, vamos ver se melhora. Fui convidado e participei de reunião em Goiânia da chapa de oposição, mostrei meu ponto de vista. Mas como estou querendo sair (da diretoria do clube) falei para os demais diretores para que eles resolvam a questão. Fazer o que acham que deve ser feito.
8 – O Anápolis tem posição oficial sobre apoiar uma chapa de situação ou de oposição?
Não. Vamos ver o que vai resolver agora. Falei sobre esse assunto com o Karin Abrão, que é membro da atual diretoria da federação, pedi para decidirem. Não quero me envolver com isso. Se for para trazer amizade, bem, mas inimizades não quero.
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