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sexta-feira, maio 3, 2024
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Promotor de justiça do MPGO revela detalhes das manipulações dos jogos na Série B

O promotor de justiça do estado de Goiás, Fernando Martins Cesconetto, detalhou após as averiguações iniciais, os esquema de manipulações de jogos no Campeonato Brasileiro da Série B em 2022. Foram três jogos até aqui, conhecidos, que tiveram a manipulação, devido as casas de apostas, segundo o promotor. Um dos duelos foi do Vila Nova, que segundo o profissional, foi o time que fez a denúncia. 

 

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– Nós deflagramos a Operação Penalidade Máxima, foram cumpridos um mandato de prisão temporária e um de busca e apreensão em Goiânia. Além disso nos estados de Minas Gerais, Mato Grosso, São Paulo e Rio de Janeiro. É importante dizer que a investigação começou somente porque um clube, no caso vítima, procurou diretamente o Ministério Público, e trouxe a notícia da suspeita de manipulação de três jogos da Série B em 2022. A manipulação de resultado consistia, especificamente, no cometimento de pênaltis, sempre nos primeiros tempos dos jogos. De forma a garantir um elevado ganho financeiro para os apostadores e também para os atletas, direta ou indiretamente, que estavam envolvidos.

 

Foto: Reprodução Band News Goiânia

Segundo Fernando o esquema só foi conhecido pelo Vila Nova, pois no duelo do Tigrão, que não foi revelado, não ocorreu o cumprimento da “ordem” do apostador, para a efetivação da penalidade. Para dar certo as grandes apostas, os pênaltis deveriam ocorrer em três partidas da rodada. 

– Acontece que para a aposta dar certo, necessitaria que nas três partidas acontecesse os pênaltis. Em dois jogos aconteceram, mas no jogo específico do Vila Nova, que é a vítima noticiante do caso, o pênalti não aconteceu. Então gerou um prejuízo para os apostadores, e estima que esse prejuízo decorrente desse não pênalti, foi entorno de 2 milhões de reais. O ganho para os atletas envolvidos seria de 150 mil reais para cada, seriam pagos 10 mil reais de adiantamento, como sinal, e 140 mil reais após o êxito do evento. Como o jogo do Vila Nova não ocorreu a penalidade, mas houve o pagamento do sinal, para o atleta envolvido, o grupo e apostador, passou a cobrar excessivamente o atleta pelo prejuízo causado, já que nos outros jogos houve o pênalti e os atores envolvidos esperava receber cada um 150 mil reais. 

AUTORIA DO CRIME 

Fernando destacou que as apurações e investigações estão no início, por isso ainda não comentou ou afirmou quem de fato estaria por trás de todo o esquema de manipulações nos jogos. Porém, há uma ideia de quem já seja. 

– Existe uma empresa que se destina oficialmente a agenciar os atletas. Ele utiliza parte dessa empresa para fazer esses pagamentos, de sinais, para os atletas comprados. Também há um indício muito forte de utilização de inúmeros CPFs, de muitas pessoas, para fazer essas apostas. De forma que uma mesma aposta nãos será feita em um CPF de uma pessoa, são a mesma aposta feita de maneira parcelada, em vários CPF para tentar não chamar atenção. A investigação precisa avançar, até clarear o caminho que foi feito deste apostados aliciador com os atletas escolhidos, para praticar determinada conduta, seja o cometimento de pênalti, outras apostas como recebimento de cartão amarelo e vermelho em determinado tempo na partida. Isso ainda precisa avançar, para a investigação saber, estamos no estágio inicial. 

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Willian Rommel
Jornalista formado na UFG. Pós graduado em jornalismo esportivo pela faculdade Estácio. Trabalhou na Rádio Universitária 870 AM, na Rádio Difusora 640 AM, Rádio Bandeirantes Goiânia, Diário de Goiás e na TV UFG. Profissional na área esportiva desde 2012.
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