Sob o forte apoio da torcida goianiense, a skatista olímpica Dora Varella retomou o alto nível após lesões seguidas. Dona de manobras impressionantes, a atleta não apenas garantiu um lugar no pódio da 1ª etapa do Vert Battle, como também se consolidou como inspiração para uma nova geração de meninas no skate.
“Muito feliz por trazer o skate vertical para essa galera, que acho que nunca teve a oportunidade de ver um skate desse nível ao vivo. E estou muito feliz também com a minha participação. Estou voltando de duas lesões seguidas, então ainda não estou 100%, mas muito feliz por recuperar minha confiança”, disse ao repórter Gabriel Alves, do Esporte Goiano.
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O 2º lugar no Vert Battle de Goiânia marca um capítulo importante em sua jornada de superação. Após duas participações olímpicas — 7ª em Tóquio e 4ª em Paris — Dora Varella espera retomar sua caminhada gradual no skate park, se garantir em Los Angeles 2028 e, quem sabe, beliscar uma medalha.

“Logo depois das Olimpíadas, eu tive uma lesão no joelho e depois outra no quadril. Então, dei alguns passos para trás para poder dar mais passos para a frente, com fisioterapia e fortalecimento. Estou voltando e quero evoluir meu skate para conseguir uma medalha [em LA]. Mas, claro, é um campeonato de cada vez, e eu vou correr atrás para chegar super bem.”
Dora Varella e a representatividade feminina no skate
Mais do que medalhas, a atleta olímpica carrega a missão de representar meninas que, como ela, começaram em um universo dominado por homens. “Quando eu tinha 10 anos, não existiam meninas na pista. Era muito raro. Minha única inspiração era a Karen Jonz, que já era bem mais velha.”

Com mais referências no esporte, a nova geração feminina do skate vem chegando com tudo. Em Goiânia, a campeã foi Helena Laurino, de 12 anos, já demonstrando os efeitos de uma representatividade mais presente, tendo Dora Varella como um desses espelhos para o futuro do esporte olímpico.
“Eu achava que o lugar aonde eu podia chegar era limitado. Agora, as meninas novas estão vindo com outra mentalidade: a de que elas podem tudo. E aí a gente está vendo, aqui nesse evento, que elas — com essa mentalidade e força de vontade — conseguem aprender muito mais rápido, evoluir e tentar coisas que outras meninas nunca tinham feito antes. E eu estou tentando acompanhá-las”, finalizou.
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