Já são quase 14 anos de parceria entre Hudson Dantas e Paulo Martins no voleibol. Normalmente, Martins ocupava o cargo de técnico e Dantas era um de seus assistentes. Em 2020, os papéis se inverteram, mas a relação se mantém na Neurologia Ativa.
É Hudson Dantas quem comanda a comissão técnica, que tem Martins e Cristiano Stival como auxiliares. Esta é a primeira oportunidade do profissional de 30 anos à frente de uma equipe adulta masculina em uma competição do naipe da Superliga C.
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A relação entre os dois nasceu de um projeto social criado por Martins. Dantas ainda era estudante da Escola Governador Joaquim Sobrosa, na região do Garavelo, quando se encantou pelo vôlei. Graças à modalidade e ao mentor e amigo, o jovem cresceu e ganhou notoriedade na carreira.
– Dali em diante, me inseri na modalidade e consegui me formar graças ao voleibol. Se sou formado, pós-graduado e tenho duas faculdades, devo tudo isso ao Paulo, que me iniciou nessa caminhada – frisou.
Inseparáveis, eles estiveram juntos no MonteCristo, no Montes Claros e também no Anápolis Vôlei. A cooperação entre os dois promete ajudar a Neurologia a desafiar os rivais por uma vaga na Superliga B de 2021. Nos treinos, que começaram há pouco menos de dois meses, um tem dado suporte ao outro.
– É uma parceria muito bacana. Fui assistente dele por mais de 13 anos. Hoje podemos trocar de lado. Tem sido muito importante até a questão da comunicação, da troca de ideias. Ele tem uma vivência maior e pode me dar dicas em alguma situação-problema. E vice-versa também, pelo fato de eu ter vivenciado um voleibol num nível mais acima nas últimas temporadas – comentou.
Neurologia promete vontade
Hudson Dantas tem à disposição um plantel recheado de nomes conhecidos do voleibol goiano. Gerir esse elenco, segundo ele, tem sido prazeroso, mas também exige muita análise para evitar lesões.
– A gente aprende uma coisa nova o tempo todo. É uma troca. Mas é importante sentir o momento de um atleta e de outro para colocar em quadra. Entender o momento de cada atleta, até porque eles têm um pouco mais de idade. A gente tem que ter um feeling muito grande para dosar os treinamentos – comenta.
O treinador vê a garra como ponto forte do plantel. “É um time que se força a ganhar. Gostamos de vencer. Essa é uma qualidade muito forte”, pontua. Ele cita ainda a união do grupo como fator preponderante para a Superliga C.
Na competição, em novembro, a Neurologia não quer ser mero figurante. A intenção é entrar para desbancar favoritos. A tarefa, contudo, não é fácil. Para surpreender, Dantas aposta na entrega.
– Acredito que chegaremos bem, em condições de fazer uma grande competição. O grande lance é se apresentar bem, entregando 100% dentro da quadra. O resultado será consequência dessa entrega.
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