O zagueiro Rafael Donato, capitão do Vila Nova, falou que não houve motim ou jogada para derrubar o então técnico do clube, Hemerson Maria, que pediu demissão. Segundo o jogador o que ocorreu foi uma conversa de vestiário, que acabou sendo vazada, e tomou toda essa proporção. No entanto o zagueiro ainda frisou que não concordou com os pontos levantados por Maria.
Segundo o antigo técnico o elenco do Vila Nova era descompromissado, e isso para Donato foi uma grande ofensa ao grupo de jogadores. O jogador ainda rebateu as críticas de uma parte da torcida, ao pensar que ele era o líder da discussão dos atletas para a demissão do treinador. Donato afirmou que “não treina e nem escala o time”
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– Primeiro ponto quando ele falou o que achava do grupo e do que nós somos, nós não íamos falar nada, a partir do momento que ele abre a palavra enfatizando que nós precisávamos nos expor, que tivéssemos nosso ponto de vista para que houvesse uma melhora do grupo, para alcançarmos a vitória, alguns jogadores começaram a se posicionar. Eu como capitão do time, e sabendo dos bastidores, vestiários, concentração e treinamento deveria ter falado sim com ele. O torcedor tem todo o direito de falar que somos perna de pau, que não estamos acertando os gols, eles tem todo o direito, mas falar que somos mau caráter, falta de profissionalismo e falta de querer trabalhar isso nunca existiu e nunca vai existir, isso não concordei com a situação. Por ser capitão tive que expor isso, até para que tivéssemos uma transparência entre elenco e treinador, a nossa sinceridade acabou que infelizmente não sendo intencional, mas criou um desconforto no treinador e acabou optando pela saída.
Parte da torcida colorada começou a criticar o elenco do clube, após as declarações de Hemerson Maria. Para o zagueiro Donato, um dos alvos das críticas, o torcedor tem o direito de cobrar mais desempenho dos jogadores, mas não pode concordar com a posição de que o elenco é pouco compromissado.
– Nós não queremos decidir quem vai ser treinador, como será os treinos, nós queríamos ser sinceros, para que se houvesse uma correção para que pudéssemos andar juntos. Ele pensava uma coisa, os jogadores pensavam outra, o Vila cumprindo suas obrigações e só estava perdendo, e isso era inadmissível. A sinceridade acabou causando todo esse problema, eu não sou treinador nem escalo o time, não sento na mesa do presidente para falar das costas de ninguém. Depois de tudo o que aconteceu, estão falando de mim, mas eu fui transparente na frente de tudo e de todos. Não fizemos motim, nem organizamos nada pelas costas, foi apenas uma conversa de vestiários que acabou vazando e ocorreu isso.