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terça-feira, maio 21, 2024
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Como as características das apostas ao vivo podem ser prejudiciais aos apostadores

A tecnologia vem desenvolvendo sempre mais recursos no sentido de tornar o ato de uma aposta ao vivo sempre mais dinâmica, acessível e, por que não, personalizada. Hoje, quase tudo é mote para uma aposta, não há mais a limitação da vitória, empate ou derrota, ou a velha e ultrapassada “aposta só até o início do jogo”. Seja na casadasapostas.website seja lá onde for, apostar tornou-se um entretenimento capaz de proporcionar ganhos. 


As apostas desportivas ao vivo oferecem aos apostadores um leque muito abrangente de oportunidades de apostas, podendo agora apostar em quem faz a primeira falta num jogo de futebol, ou quem faz os primeiros pontos num jogo de basquetebol, por exemplo.

As plataformas que permitem apostar em eventos ao vivo, disponibilizam recursos que alimentam o apostador com muita informação. São painéis e mais painéis estatísticos que exigem do apostador uma atenção total, são dados sobre os jogadores, histórico de confronto, performance dos clubes envolvidos, enfim, uma gama de informações que podem auxiliar, sobremaneira, nas decisões a serem tomadas. E convém frisar, isso tudo em tempo real, ou seja, as informações mal são assimiladas e você já tem que fazer a sua escolha, pois, tempo, de fato, é dinheiro. 

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Mas nem tudo é tão mágico e glamoroso o tempo todo. Tais características, embora anunciadas como implementos vantajosos para quem aposta, podem, conforme estudos recentes, ser bem prejudiciais à saúde mental dos apostadores, pois podem ser tão viciantes como os terminais de apostas, como as slots machines, e outras máquinas de jogo.

Uma das principais características apontadas por especialistas como prejudiciais é a rápida frequência dos resultados com curtos intervalos de tempo entre cada aposta. Outro fator é a possibilidade de multiplicar as apostas. Tais características são apontadas como nocivas e estão presentes nas apostas ao vivo, já que estas oferecem, também, uma rápida frequência de resultados, através de uma infinidade de micro apostas, enquanto permitem multiplicar as apostas com os “multiplicadores”. A ansiedade e a expectativa geradas durante uma aposta, desencadeiam surtos de estresse, já que as emoções envolvidas, euforia e frustração, são potencializadas por uma série de recursos visuais.

Visando avaliar os efeitos psicológicos provocados por tais características das apostas ao vivo no comportamento dos apostadores, foi feita uma investigação que buscou apurar os níveis de impulsividade, níveis de frustração, agressividade e explosões emocionais, comportamentos esses que, no mundo dos jogos, são englobados num estado mental denominado por “tilting”. Os mais experientes já devem ter sido remetidos aos antigos fliperamas e às máquinas que, por alguma razão, em geral chacoalhões e pontuações absurdas, sofriam “tilt”. 

Através desta investigação verificou-se que são raros os apostadores cientes dos efeitos negativos do tilting e dos danos a ele associados. Também, se verificou que um grande número de apostadores não tem sequer noção do quanto realmente experimentam o tilting enquanto jogam. Regra geral, esses comportamentos levam a uma maior taxa de danos no jogo. Os apostadores que experienciaram o tilting, ou seja, uma profunda frustração e explosões emocionais, recorrem mais frequentemente ao recurso de depósito instantâneo de fundos e consideraram ser esse o recurso mais importante. Investigações anteriores já haviam verificado que essa capacidade de depósito instantâneo de fundos, leva a comportamentos de jogo prejudiciais. Ou seja, quando um apostador fica frustrado com uma perda de dinheiro, esse recurso pode levá-lo a depositar imediatamente o dinheiro que perdeu para fazer apostas mais impulsivas e imprudentes.

Para um apostador que se encontre fragilizado emocionalmente, estressado e frustrado com alguma situação, esses recursos podem, segundo a investigação, conduzi-lo a apostas desesperadas e prejudiciais. É, portanto, crucial que o apostador seja capaz de identificar os seus próprios comportamentos de tilting e não permitir que os recursos “vantajosos” das apostas ao vivo se tornem nocivos e prejudiciais.

Em alguma medida, todos nós conhecemos histórias sobre pessoas negativamente impactadas em função das apostas. Ou conhecemos alguém, ou já nos deparamos com o drama do vício em algum encarte visual. É preciso que as casas de apostas tenham meios de controlar impulsos mais violentos em relação às apostas, no sentido de impedir que o apostador continue apostando. Afinal, um apostador frustrado e sem recursos deixa de ser um cliente. A troca é recíproca, não há intenção por parte das casas de apostas de levarem apostadores a tal estado de derrocada, pois isso significa um pouco a derrocada da própria casa. É preciso que haja empatia e respeito entre as partes de um acontecimento que é, principalmente, um entretenimento, e assim deve ser sempre.

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