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sexta-feira, abril 19, 2024
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Capixaba treina em Goiânia em busca do sonho de medalha paralímpica

Uma das pré-selecionadas para a disputa dos Jogos Paralímpicos de Tóquio, em 2021, é Luiza Guisso Fiorese. A capixaba de 22 anos, natural da zona rural de Venda Nova do Imigrante, se mudou para Goiânia para trilhar o sonho de chegar a uma medalha paralímpica.

Na capital goiana, ela treina com a seleção brasileira de vôlei sentado. Fiorese recebeu convite do técnico Agtônio Fernandes, que auxiliou-a no desenvolvimento. “Ainda sou vista como uma promessa do esporte, até porque estou há apenas um ano na modalidade, mas sinto que dei um grande salto técnico”, comenta.

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Fiorese veio a Goiânia em janeiro deste ano. Ela precisou trancar a faculdade para seguir a seleção. Após meses se mantendo apenas com a ajuda dos pais, ela foi selecionada pelo projeto #ElasTransformam, da MRV. A campanha, que busca impulsionar a participação das mulheres em modalidades olímpicas, está contemplando 12 atletas com uma bolsa por 24 meses.

– Foi uma surpresa quando fiquei sabendo que fui uma das selecionadas. Meus pais me ajudavam durante esse período e eu só poderia participar da seleção de bolsa atleta governamental para ser contemplada no próximo ano. Essa ajuda vai me incentivar ainda mais a alcançar meus objetivos – destaca.

Superando o câncer

Fiorese sempre foi amante do esporte. Ainda com 11 anos, ela jogava handebol e sonhava em atuar pela seleção brasileira. Quatro anos mais tarde, porém, ela descobriu um osteossarcoma no fêmur esquerdo. O câncer, que atinge células formadoras do osso, obrigou-a substituir parte do fêmur por uma prótese e interrompeu seu ciclo no handebol.

– Foi algo que me afetou muito e me deixou muito frustrada porque boa parte dos meus planos passava por esse esporte. Quando o médico disse que eu não poderia mais praticar esporte de contato, foi como se eu tivesse perdido uma parte de mim – conta.

Apesar do choque, ela não desistiu. Há cerca de um ano, ela começou a treinar vôlei sentado e, em pouco tempo, foi chamada a integrar a seleção. “Comecei a fazer o curso de jornalismo porque queria trabalhar com esportes e via na profissão essa oportunidade. Quando participei de um programa televisivo, encontrei a Gizele Maria Dias, que atua no vôlei sentado e me indicou para participar. Foi quando me encantei pela modalidade esportiva e tudo mudou em minha vida”, detalha a atleta.

Com uma ascensão tão rápida no esporte, a atleta se diz animada para buscar uma vaga na equipe que participará dos jogos e em trazer uma medalha paraolímpica para o Brasil. “Eu esperava participar das Paralimpíadas fazendo coberturas jornalísticas, mas essa possibilidade de estar no Japão como atleta em tão pouco tempo de esporte é algo que me motiva ainda mais”, afirma a atleta.

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