Atlético e Jorginho deverão se resolver nas próximas horas e torço para que o final seja feliz. O jogador é um dos mais importantes e o mais vitorioso com a camisa do clube, entre os atuais atletas que compõem o elenco rubro negro. Uma reunião será realizada nesta sexta-feira (04) entre o meia, seu empresário, Adson Batista e Vágner Mancini. A multa rescisória do jogador é de R$ 20 milhões para clubes nacionais, e ainda mais alta para times do exterior. O contrato vai até o final do ano que vem.
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Ouvimos atentamente cada um dos lados nos últimos dias. Jorginho se pronunciou através das redes sociais, Adson Batista em entrevista e utilizando uma nota oficial no site do clube, Vágner Mancini também deu sua versão após o empate com o Fluminense no Maracanã. Em quem acreditar? Pergunta difícil, pois ainda não sabemos o que de fato levou o jogador a tomar a atitude de não embarcar para o Rio de Janeiro. Insatisfação ou alguma boa proposta engatilhada?
Jorginho não vinha atuando bem nos últimos jogos (assim como quase todo mundo), e o treinador tem total direito de escalar aquilo que ele considera melhor. Em outras ocasiões, como na Série A de 2017, o jogador já havia ficado no banco atleticano, e naquele momento aceitou normalmente a decisão da comissão. Por isso imagino que algum outro ocorrido, não exposto ainda por nenhuma das partes, possa ter levado o camisa 10 ao pedido para deixar o Atlético.
Não é a primeira vez que um ídolo rubro-negro se rebela de repente e pede para sair do clube. Em 2016 o goleiro Márcio, que não vivia um grande momento, também pediu para sair do Atlético, e em seguida foi vestir a camisa do Goiás, onde pouco atuou. Adson Batista foi muito incisivo ao dizer que o jogador faltou com respeito ao clube, pela forma como tudo foi exposto.
Houve desrespeito também por parte do clube, ao divulgar uma informação falsa, mesmo que no intuito de preservar a história do atleta. Era melhor não ter dado explicações sobre a ausência ou ter relatado ao meia que usaria o argumento do desgaste físico, e depois, com tudo definido entre as partes, vir a público se pronunciar de forma conjunta, com o jogador dentro ou fora dos planos. Vágner Mancini foi muito lúcido, ao dizer que espera que tudo se resolva, que o jogador peça desculpas pelas informações contraditórias e que siga batalhando para ter um lugar no time titular.
Espero um fechamento feliz dessa história. Que o jogador e o clube se desculpem, e que não fiquem mágoas de nenhuma das partes. Se não estiverem dispostos a isso, é melhor que o meia siga sua carreira em outro lugar. Jorginho é o principal jogador do Atlético na década, e ele dificilmente terá o mesmo reconhecimento vestindo outra camisa. A diretoria rubro negra, que já perdoou deslizes piores de outros profissionais, pode muito bem contornar essa situação e seguir tendo um grande camisa 10 para a disputa do Brasileirão. Já para Jorginho, a oportunidade de continuar fazendo história no futebol goiano.
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