A direção do Basquete Anapolino não descarta a possibilidade de cancelamento do Campeonato Brasileiro de 2020. Segundo o técnico e diretor Moisés da Silva, o cenário nebuloso por conta da epidemia de Covid-19 no país causa incerteza a respeito da viabilidade do torneio.
O início do Brasileirão estava previsto para o dia 15 de março. Na semana passada, a Confederação Brasileira de Basketball (CBB) anunciou a redução da competição, cortando uma das fases. Mesmo assim, as dúvidas ainda pairam para o gestor das águias.
– Acho que (a mudança de fórmula) ainda não será efetiva. A questão é saber se vai ter campeonato. Vão faltar datas. Abril já está comprometido e maio praticamente também. Pode ser que surja uma outra situação no segundo semestre, mas aí já estamos comprometidos com outras coisas – ponderou.
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De acordo com Moisés, além do tempo necessário para superação da crise de saúde, as equipes ainda precisarão preparar os elencos, parados há quase um mês. “Vamos supor que se resolva em maio, não dá para preparar os atletas para junho”, disse. O dirigente reitera o temor de cancelamento do Brasileiro. “Eu acredito que não vai ter campeonato, mas, se começar, é de julho para frente”, pontuou.
Outra solução
Moisés acredita que, para evitar cancelamento, a CBB poderia tentar realizar o Brasileirão por etapas, como foi feito na edição de 2014 do Novo Basquete Brasil (NBB).
– Eu acho, pela minha experiência, que eles farão por etapas. Vão ser jogos seguidos sexta, sábado, domingo, um em cima do outro. Por exemplo, faz-se jogos em Anápolis, Brasília e Uberlândia de uma vez só. Acho que ainda haverá mudanças (na fórmula de disputa) – afirma.
Caso o Brasileirão seja inviabilizado, Moisés garante que o Basquete Anapolino continua e jogará o Campeonato Goiano de 2020 para se preparar para o torneio nacional do ano que vem. “(Se for cancelado) A gente focaria de novo no Goiano para voltar em 2021. O projeto continua”, garante.
Se o cenário for pela realização do Brasileiro, as águias também estarão dentro. “Nós somos obrigados a ir, ou nosso basquetebol leva suspensão. Vamos participar. Nossa vida jogando é outra, criamos receitas”, pondera.