No embalo do sucesso do vôlei, Anápolis terá um time de basquete profissional a partir deste ano. O Basquete Anapolino terá aporte financeiro do município para disputar o Campeonato Goiano de 2019 e também o Brasileiro da CBB, segunda divisão da modalidade no país e que dá acesso ao Novo Basquete Brasil (NBB), previsto para a segunda quinzena de janeiro de 2020.
O projeto é encabeçado pelo técnico da Associação de Basquete de Anápolis (ABA), Moisés da Silva, que será o treinador, e pelo dirigente do Vultures, Murilo Neves, que trabalhará como auxiliar. Em agosto, a Câmara Municipal aprovou a inclusão do novo time no programa Torcida Premiada, que já contempla Anápolis FC, Anapolina, Anhanguera (futebol feminino) e Anápolis Vôlei. O Basquete Anapolino receberá, segundo a deliberação da Casa, R$ 30 mil por jogo como mandante já a partir do Campeonato Goiano, que começa neste mês.
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A identidade visual do futuro time ainda não está pronta, mas a Prefeitura determinou que a equipe tenha as cores da bandeira da cidade, assim como o Anápolis Vôlei. Portanto, o Basquete Anapolino ostentará azul, amarelo e branco nos uniformes.
Peneira em Sorocaba
Todos os atletas receberão remuneração já a partir do Campeonato Goiano. No Estadual, a equipe trabalha com um orçamento de R$ 20 mil a R$ 25 mil. No próximo final de semana, a comissão técnica da futura equipe estará em Sorocaba, um dos principais celeiros da modalidade no país, acompanhando uma peneira promovida pelo Basquete Anapolino. “A procura está muito grande. Já sabemos de alguns jogadores de muita experiência que se inscreveram”, afirmou Moisés da Silva ao Esporte Goiano.
A dupla pretende retornar do interior paulista com pelo menos seis jogadores contratados. Dois ou três atletas que têm se destacado pelo Vultures, como Thiago Pedro e Carlos Neto, por exemplo, podem fechar para integrar o elenco. Além disso, a comissão técnica pretende inscrever cerca de quatro nomes de 18 ou 17 anos, oriundos da base anapolina.
Para o Campeonato Brasileiro, é esperado incremento no orçamento do Basquete Anapolino. Além da busca por parceiros privados, é possível que o poder público destine mais verba para melhorar o nível do elenco. “Precisaremos de três ou quatro jogadores com mais experiência”, destaca Moisés. Além disso, o gasto com logística crescerá. “Só de viagens para jogar noutros estados, em outras regiões, não gastaremos menos de R$ 12 mil”, completa o treinador.
Estima-se que para disputar o Brasileiro da CBB brigando pelo acesso ao NBB, as equipes devem ter orçamento de R$ 100 mil a R$ 120 mil. Ainda distante desse valor, mas com muito tempo para se organizar e montar um elenco competitivo, Moisés está animado.
– Faremos a peneira em Sorocaba e vamos tentar tirar o máximo dos atletas lá para escolher os melhores. Precisamos acertar as contratações. Se você faz um elenco que dá certo, é possível fazer muita coisa nesses quatro meses de trabalho que antecedem o Brasileiro – avaliou.