Nesta semana, o Atlético fechou suas atividades e vetou entrevistas dos atletas ao longo da preparação para o “jogo do ano”, diante do Sport, no sábado (30). Contra o Leão, o Dragão depende de resultados negativos de América Mineiro ou Coritiba para conseguir o acesso à Série A. Além disso, claro, necessita vencer os pernambucanos. Isso acontece após o rubro-negro ficar a maior parte do tempo no G-4 ao longo da disputa.
Mais do Dragão
-> Ingressos à venda
-> Barroca critica arbitragem
Na coletiva desta terça-feira (26), à tarde, o presidente do clube, Adson Batista, concedeu uma entrevista de 42 minutos na sala de imprensa do CT do Dragão. Com a fala afiada, o dirigente máximo do Dragão não poupou críticas à CBF, FGF, além da imprensa goiana, e até sobre o poderio financeiro do Bragantino. Por outro lado, Adson assumiu todas as responsabilidades caso o rubro-negro goiano não suba para a primeira divisão.
“Se é para ter um culpado aqui, culpem a mim. Aliás, fizemos uma ótima campanha. Podemos chegar a 64 pontos, que seria algo inédito. Esse ano é um ano quase perfeito. Só não vai ser perfeito se a gente não subir”, afirmou o dirigente.
Má fase
Nos últimos 10 confrontos do Dragão, o Atlético empatou seis partidas, perdeu apenas um e venceu outras três. Na longa entrevista coletiva que concedeu, Adson também deu sua opinião sobre o motivo que levou o Atlético a essa queda de pontuação na reta final da Série B. O presidente destacou a mudança de comando técnico de Wagner Lopes para Eduardo Barroca. Porém, Adson refutou qualquer boato sobre um possível relacionamento ruim com o ex-treinador atleticano.
“O Atlético teve uma crise técnica, como muitos clubes tem. O time não reagia com nosso treinador (Wagner Lopes, antes de Barroca). Vinha um desgaste de muito tempo do grupo. Trouxemos uma filosofia nova, e estamos jogando bem. O único jogo que não fomos bem foi diante do CRB depois de uma sequência de partidas em poucos dias. Resumidamente, tivemos uma crise técnica na hora errada”, opinou Adson.
Frustração?
Apesar de uma possível frustração com um eventual insucesso na briga pelo acesso, Adson Batista disse que já teve momentos piores dentro do Dragão. Para o dirigente, o pior ano do time em seu comando foi em 2013. Naquela ocasião, o Atlético conseguiu escapar da Série B na última rodada, com uma vitória sobre o Guaratinguetá, na última rodada da competição.
“Minha maior frustração no futebol foi em 2013, quando o Atlético não tinha nem comida. Eu estava sozinho e isolado. Prefiro não subir, bater na trave do que brigando para não cair, como foi naquele ano”, decretou.
Corpo mole
“A CBF precisa tomar uma decisão, é inadmissível, uma falta de respeito com a competição, o Guarani não quis jogar o jogo, não deu um chute pro gol. Uma vergonha também o Bragantino jogar com time reserva contra o Coritiba. Parece que o único campeonato que existe para a CBF é Série A, a Série B precisa ser valorizada”
Mala branca
Depois de erros de arbitragem diante do Brasil de Pelotas e vitórias de Coritiba e América na última rodada, Adson Batista teve fala forte sobre o uso de mala branca no futebol. O presidente atleticano é até a favor da prática no esporte, mas, como é contra lei, afirmou que não deve acontecer. Adson tem convicção de que houve favorecimento financeiro para os adversários de seus rivais pelo acesso na 37ª rodada da Série B.
“Não podemos trabalhar com mala branca, se eu falar o Atlético será punido, agora o Brasil e outros clubes eu tenho certeza que houve, mas não posso provar. O pessoal da CBF precisa sair do ar-condicionado e saber ver como o futebol funciona”, polemizou Adson.
Confira a entrevista completa de Adson