Após a pandemia causada pelo coronavírus, o calendário do futebol brasileiro foi suspenso por tempo indeterminado. Com a falta de compromissos oficiais, os clubes sofrem com a perda de receitas, entre as principais patrocínios e bilheteria. Adson Batista, presidente do Atlético, em entrevista ao SporTV falou sobre as dificuldades que vivem os clubes neste momento.
“É um momento de muita insegurança. Infelizmente ninguém esperava essa pandemia, é um momento que todos os clubes estão com dificuldades. Porém, eu acredito que será passageiro e o mais rápido possível os clubes irão voltar as atividades e irão parar de perder receitas, que é o maior problema”, falou Adson sobre o momento complicado que vivem os clubes.
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Sobre a questão do calendário, ainda não há uma definição sobre quando o futebol será retomado no Brasil. No entanto, Adson Batista espera que o Brasileirão mantenha o formato que vem sendo adotado nos últimos anos.
“Sobre a questão do calendário, a gente tem mantido contato com a CBF por videoconferência. Dentro disso estamos aguardando que seja realizado o campeonato de pontos corridos, com 38 rodadas, que sempre traz mais seriedade, confiança no Campeonato Brasileiro. Entendemos que é a melhor forma”, analisou o dirigente a retomada do calendário e do Brasileirão.
Falta de receitas
Desde da suspensão do calendário, o Atlético vem sofrendo com perda de receitas. Sem bilheteria devido a falta de partidas, o clube também sofreu com saída de patrocinadores, foram três até o momento. Adson Batista disse compreender a saída dos parceiros, mas sem aguarda um posicionamento da CBF para socorrer os clubes. Ainda segundo o dirigente, o rubro negro não consegue ficar dois meses sem receitas.
“Eu jamais vivi isso na minha vida, uma crise profunda. A gente tem discutido, isso foi muito rápido. O clube parado perde muito, receitas, patrocinadores. Eu fui comunicado da perda de três patrocinadores, é claro que a gente valoriza os que estão nos momentos difíceis, mas também entendemos os empresários. É um momento de muita reflexão, equilíbrio para que a gente não perca o rumo.
O Atlético é um clube que paga os salários em dia, uma dívida pequena e uma estrutura muito boa, com estádio próprio. Caminhamos com muita segurança para o futuro. Evidente que essa pandemia trouxe muita insegurança pro país. Nós esperamos a liderança da CBF, que o Governo Federal entenda que o futebol é importante no país, pois emprega muita gente. Demos férias coletivas para todos e esperamos alguma solução para amparar os clubes. Um clube igual o Atlético não consegue ficar parado dois meses, porque as receitas são mínimas”, finalizou o dirigente, lamentando a perda de receitas.