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segunda-feira, setembro 16, 2024

Futebol de Anápolis no mapa

Com uma campanha de superação e premiado pela insistência, o Anápolis conquistou o tão sonhado acesso à Série C do Campeonato Brasileiro. O Galo da Comarca chega ao objetivo e confirma um dos projetos mais sólidos do futebol do interior de Goiás. O acesso do Anápolis mantém o futebol goiano na 3ª Divisão.

Desde que chegou ao vice-campeonato estadual em 2016, perdido nos pênaltis para o Goiás, no Serra Dourada, o Anápolis mostrou ano após ano que sua intenção era crescer seu futebol e galgar posições melhores no cenário nacional.

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De lá para cá, o tricolor disputou cinco vezes a Série D do Campeonato Brasileiro para, enfim, subir para a 3ª Divisão. O Galo não jogava a Série C desde 2008, última temporada em que ela representava a última prateleira do campeonato nacional. Agora, a Série C tem status diferente, formato diferente e dá ao Anápolis um calendário mais robusto.

Esse é um recado sobre o potencial do futebol anapolino. A “Manchester Goiana” com seus 400.000 habitantes estava carente de grandes resultados no cenário nacional. A cidade era destino certo do futebol nacional no início do século, quando a Anapolina disputou a Série B do Brasileirão entre 2000 e 2005. Depois disso, o máximo que o futebol da cidade conseguiu foram participações nas séries C e D, sempre na condição de última divisão nacional.

O feito do Anápolis mudou esse cenário e provoca uma necessidade de maior investimento da pulsante indústria local para fomentar e dar projeção ao futebol da cidade. Nos últimos três anos, o Galo se distanciou dos demais representantes anapolinos e lidera com folga sobre a concorrência, pois Anapolina e Grêmio Anápolis padecem na Divisão de Acesso do Campeonato Goiano e terão de esperar, se tudo der certo, até 2027 para voltarem a ter calendário nacional.

Dificuldades superadas

A conquista do Anápolis teve uma dose de superação, que terminou com um sabor que só os deuses do futebol poderiam proporcionar. O Galo perdeu o técnico Luis Carlos Winck para o Brasiliense, concorrente dentro do mesmo grupo na 1ª fase da Série D. A saída foi um baque para o tricolor, devido ao relacionamento longevo que o clube tinha com o treinador. A diretoria buscou Hemerson Maria como substituto, mas foi pelas mãos de Ângelo Luiz, auxiliar da comissão permanente, que o acesso foi conquistado.

A vaga na Série C veio após um empate no Jonas Duarte, por 1 a 1, no jogo de ida e um duelo épico contra o Iguatu no interior do Ceará. O Anápolis saiu vencendo, viu o Iguatu virar para 2 a 1, mas se recuperou e virou novamente para 3 a 2. Quando parecia que o acesso estava debaixo das asas, o Galo sofreu um gol polêmico no último lance do jogo. O drama dos pênaltis, que havia tirado o título estadual em 2016, desta vez virou motivo de alegria e comemoração com a vitória por 5 a 4.

Enquanto o time comandado por Ângelo Luiz sorria, o Brasiliense de Luis Carlos Winck padeceu diante do Retrô (PE) e deixou escapar o acesso. Agora, o time de Taguatinga está sem divisão em 2025, enquanto o Galo vai jogar a Série C. Só que a temporada não terminou para o time goiano, que vai em busca do título da 4ª Divisão para tentar trazer a segunda taça para o futebol goiano. A missão não será fácil, pois o Galo tem pela frente o Maringá, dono da melhor campanha da competição, somadas todas as fases. Mas quem há de duvidar do Anápolis agora?

*A coluna Resenha Crônica, assinada pelo jornalista João Paulo Di Medeiros, vai ao ar duas vezes por semana.

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