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quinta-feira, outubro 10, 2024
InícioBlogsResenha Crônica - Por João Paulo Di MedeirosTigre precisa ser visitante indigesto para fazer história

Tigre precisa ser visitante indigesto para fazer história

Melhor mandante da Série B do Campeonato Brasileiro, o Vila Nova vive um caso de bipolaridade na competição nacional e essa condição pode frustrar o sonho do acesso colorado à elite nacional. O time passa longe de repetir sua força demonstrada no OBA, quando sai de Goiânia para jogar como visitante. A tônica tem se repetido nas últimas rodadas e registrou seu ápice na goleada sofrida para o Ceará. A dez jogos do fim do Brasileiro, sendo cinco em casa e cinco como visitante, o Vila Nova precisará mudar seu rendimento fora de casa se quiser alcançar o objetivo de chegar ao topo do futebol nacional.

Com a goleada sofrida na Arena Castelão e a conclusão da 28ª rodada, o Vila Nova aparece como o 6º pior visitante nesta Série B. O time colorado só ganhou duas partidas longe de Goiânia (sobre Amazonas e Operário-PR) e tem um aproveitamento de apenas 21,4% dos pontos disputados como visitante. É um número muito ruim e precisa ser melhorado urgentemente.

Estatísticas recentes

Historicamente, o Vila Nova levou a pecha de ser uma equipe que sempre se deu mal quando “atravessou o Meia-Ponte”. No entanto, essa realidade vinha sendo mudada nas últimas aparições do Tigre na Série B. Em levantamento realizado nos últimos 100 jogos como visitante pela Segundona, antes da sequência atual de 14 partidas de 2024, o Vila Nova apresentava um aproveitamento de 39,33% dos pontos disputados.

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A título de comparação, se o Vila Nova conseguisse repetir o aproveitamento que obteve nos últimos 100 jogos como visitante na Série B, hoje ocuparia a 4ª colocação entre os melhores visitantes de 2024 – o Avaí é o 4º colocado neste quesito com 38,1% de aproveitamento.

Ou seja, o Vila Nova está bem abaixo do que o torcedor colorado se acostumou a ver nos últimos anos do clube na Série B. Isso preocupa, uma vez que conquistar cinco vitórias nos jogos que o Tigre ainda fará como mandante deverá ser insuficiente para terminar a competição dentro do G4.

Como explicar?

É difícil encontrar explicações sobre a queda de rendimento do Vila Nova como visitante. O time do técnico Luizinho Lopes tem uma base mantida entre as partidas, mas é visível a diferença de concentração e de intensidade da equipe jogando no OBA e atuando fora de casa.

Nos últimos dois jogos, o Vila Nova saiu de Goiânia para enfrentar Brusque e Ceará. Nos dois jogos não conseguiu segurar os adversários por muito tempo e acabou sofrendo gols bem cedo. Então, o time não teve forças para conseguir uma virada. Contra o Ceará, o drama foi pior ao sofrer três gols antes mesmo de ir para o intervalo. Nos dois jogos, o time colorado voltou a repetir atuações repletas de apatia e sem brilho.

Até o fim da competição, o Vila Nova ainda enfrenta Mirassol, Goiás, Avaí, Santos e Paysandu. São três confrontos diretos contra clubes que buscam por acesso, além do clássico diante do Goiás e o reencontro com o Paysandu, algoz colorado na final da Copa Verde. Uma sequência dura, mas que vai exigir do Vila Nova fazer algo que não tem feito até aqui na competição. Vai ter que suar sangue para chegar a um feito histórico. Ou muda, ou o fim da história vai ser o mesmo de sempre.

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