Há algum tempo, o tênis goiano vem se destacando no Brasil. O estado tem vários atletas no top 10 dos rankings da Confederação Brasileira de Tênis (CBT) e, inclusive, lidera o ranking nacional de 16 anos feminino simples.
Entre os principais atletas no masculino, estão o jovem Lucas Boclin, quinto no ranking até 12 anos e Victor Barros Fernandes, sétimo na categoria 16 anos.
O maior brilho, contudo, é no feminino. A jovem Lorena Cardoso lidera o ranking nacional de 16 anos feminino simples. A goiana brilhou no último ano e desbancou todas as adversárias para chegar ao topo. Um dos títulos mais importantes, veio no início deste mês, quando Cardoso derrotou a também goiana Nalanda Teixeira na final da competição sul-americana, em Guayaquil, no Equador.
“Optamos por atuar mais em prol da base do tênis goiano, mais precisamente no infanto-juvenil. No adulto e social, há promotores independentes”, afirma o representante da Federação Goiana de Tênis (FGT), Flávio Ronaldo.
Mais do tênis em Goiás
O trabalho tem dado resultado. Lorena Cardoso não é o único exemplo de sucesso. Nalanda Teixeira, adversária da número um na final sul-americana, também liderou o ranking nacional e já até disputou torneios mundiais pelo Brasil.
Inspirada em Novak Djokovic e Roger Federer, a jovem de Minaçu começou a ganhar as quadras aos nove anos, quando foi convidada por uma amiga a jogar. De lá para cá foram muitos títulos nacionais e internacionais.
Mariana Peracini também vem se destacando nos últimos anos. A tenista é a quinta do ranking de 16 anos da CBT e líder do ranking goiano da categoria. Na curta carreira, Peracini conquistou 50 títulos nacionais.
Poderia ser melhor
O tênis é um esporte caro. O custo com equipamentos, estrutura de treinamento, viagens e inscrições em torneios pode, segundo a avaliação dos tenistas, chegar à casa dos R$ 10 mil mensais.
Por isso, conseguir patrocinadores é essencial para manter a carreira, mesmo na base. Em Goiás, a FGT auxilia os jovens tenistas. Alguns atletas conseguem bolsas para baratear o custo dos treinamentos. Os recursos provenientes do setor público são escassos, e já causaram alguns prejuízos.
– Ano passado não participei de nenhum (torneio nacional), porque a verba demorou demais para sair. Quando foi liberada, já estava no final do ano. Ano passado perdi o ano todo de campeonatos. Treinei forte o ano todo, mas não tive apoio para participar do campeonatos – lamenta Mariana Peracini.
Patrocinada pela CBT, por um amigo da família e por empresas do Rio de Janeiro, Nalanda nunca enfrentou o mesmo problema de Peracini, mas admite que as condições não são das melhores. “Falta verba”, relata a tenista. “O nível poderia ser ainda melhor”, completa.