No início da tarde desta segunda-feira (8), a Federação Goiana de Futebol, através de seu site, divulgou a súmula da partida entre Atlético e Vila Nova, ocorrida no último domingo (7). Nela, o árbitro do jogo, Wilton Pereira Sampaio relatou que o princípio de toda a confusão ocorrida começou por conta de uma provocação do atacante Keké ao banco de reservas do Dragão.
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Em outro ponto do documento, Wilton cita as agressões do goleiro Rafael Santos, do zagueiro Patrick e do preparador físico do Colorado, Renan Fonseca. De acordo com Sampaio, os três correram em direção do banco de reservas do Rubro-negro, onde começaram a trocar socos e pontapés contra membros da comissão técnica, segurança e jogadores do clube.
Confira o que relatou Wilton Pereira Sampaio:
Conforme informações do 4º árbitro da partida Sr. Osimar Moreira, no momento que ele se deslocava para levantar a placa sinalizando mais um minuto de acréscimo, teve início um bate boca em tom provocativo, do atleta de nº 19 Paulo de Souza Junior do Vila Nova FC. (KEKE) que saiu de seu banco de reservas e foi até o meio de campo e começou a provocar o pessoal do banco de suplentes do Atlético CG. O Sr. Everton Mortoza Junior Supervisor do Atlético CG., que estava no banco de suplentes, tomou as dores e começou a discutir com o atleta do Vila Nova FC. Neste momento foi solicitado ao Sr. Junior Mortoza para que se retira-se do banco de suplentes, mesmo porque ele não poderia estar lá naquele momento, ao que ele se negou a sair. Ato continuo encerrei a partida devido ao encerramento do tempo. Informo ainda que o acesso ao gramado pelo supervisor do Atlético, e outras pessoas estranhas (segurança e outros) foi feita pelo banco de
reservas do Atlético CG. Informo que ao final da partida e enquanto a equipe da arbitragem se aproximava do centro do campo, iniciou-se uma confusão generalizada próximo ao banco de reservas do Atlético CG., Na posição em que a equipe de arbitragem se encontrava, conseguimos presenciar que o goleiro da equipe do Vila Nova FC. nº 01 Rafael de Carvalho Santos, o atleta de nº 04 Patrick William Sá de Oliveira e o Preparador Físico do Vila Nova FC. Sr. Renan de Lima Pinto correram em direção do banco de reservas do Atlético CG., onde começaram a trocar socos e pontapés contra membros da comissão técnica, segurança e jogadores do Atlético CG., em seguida o tumulto foi generalizado, dificultando qualquer identificação no momento dos envolvidos. Informo ainda que no momento do tumulto a equipe de policiamento presente no gramado, uma parte veio em nossa direção para a devida segurança e enquanto que outra parte agiu de maneira imediata, contendo o tumulto entre as duas equipes, inclusive utilizando-se de gás de
pimenta para dispersar. Após o término do tumulto e enquanto ainda estávamos no centro do gramado e sobre a proteção policial, adentrou o gramado, vindo de um portão lateral, próximo ao local onde fica a ambulância, o Sr. Adson Batista Presidente do Atlético CG., que acompanhado de outras pessoas, veio em nossa direção e dirigiu-se a mim com as seguintes palavras “WILTON, QUEM INICIOU ESSA CONFUSÃO TODA FOI O GOLEIRO
DO VILA NOVA. O VILA NOVA TEM QUE SER PUNIDO. Disse ainda VOCÊ JÁ SABIA QUAIS JOGADORES TINHAM CARTÃO, VOCÊ INTIMIDOU MEU ATACANTE O JOGO TODO, APESAR DE VOCÊ SER UM PUTA ÁRBITRO”. Ao que lhe respondi: “QUE TIVESSE CONSCIÊNCIA, QUE A EQUIPE DE ARBITRAGEM FEZ UM ÓTIMO TRABALHO, E QUE EM MOMENTO ALGUM EU INTIMIDO ATLETA, PELO CONTRÁRIO, AGI DE FORMA PREVENTIVA”. O mesmo pediu desculpas e se retirou. Enquanto estávamos no vestiário o Comandante do Choque Ten. Gonzaga nos informou que tudo estava sobre controle no entorno dos vestiários e arredores do estádio, e que alguns atletas seriam encaminhados para Delegacia para prestarem maiores esclarecimentos sobre os fatos ocorridos dentro do campo.
Devido ao clima em que se encontrava no estádio a equipe de arbitragem entendeu por bem que a súmula seria confeccionada no dia seguinte, com todos os integrantes da equipe escalada.”