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sexta-feira, novembro 22, 2024
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Sob protestos da torcida, conselheiros aprovam novo estatuto do Goiás

O Conselho Deliberativo do Goiás aprovou na noite desta terça-feira (21), após mais de cinco horas de reunião, o novo estatuto do clube, que dá fim ao cargo de presidente executivo e cria a figura do CEO. Este executivo seria contratado, remunerado, e responderia a um conselho de administração que seria criado.


A proposta teve 138 votos favoráveis e 15 contrários dos 153 conselheiros que estiveram no Castro’s Park Hotel. Do lado de fora, mesmo sob chuva, dezenas de torcedores protestaram contra a redação do texto e pediram a saída de diretores, sobretudo do vice de futebol Harlei Menezes.

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Para valer, o novo estatuto ainda carece de aprovação da assembleia de sócios-proprietários, que está marcada para a noite desta quinta-feira (23). Se a maioria for favorável, o documento que rege o clube será então alterado.

O conselho de administração, a quem caberá contratar o CEO que vai gerir o Goiás, terá três conselheiros eleitos dentro de votação no Conselho Deliberativo e outros dois contratados de forma independente. 

O texto também abre espaço para que o Verdão torne-se, a partir da aprovação, uma Sociedade Anônima do Futebol (SAF), com atração de um investidor. Esse modelo é utilizado, por exemplo, por Botafogo, Coritiba, Atlético-MG, Vasco, Cruzeiro e Bahia na Série A.

Um dos objetivos é buscar um investidor para tentar competir no mercado do futebol brasileiro – não vou dizer de igual para igual, pois isso não vai acontecer. Fico muito feliz porque os conselheiros, por praticamente unanimidade, entenderam que este será o melhor encaminhamento para o Goiás”, disse o presidente do Conselho, Edminho Pinheiro.

O dirigente, aliás, é um dos principais patrocinadores da proposta e afirmou que, se não houver aprovação na assembleia de quinta-feira, vai encerrar sua passagem pelo clube. Ele também foi alvo de protestos por parte de torcedores que alegam que o novo estatuto tem o condão de eternizá-lo no poder. Pinheiro atribuiu as manifestações ao mau momento do Goiás.

As pessoas não querem entender, estudar. Querem ser contra Pinheiro. Isso não tem problema. Não podem ser contra o Goiás. Se estivéssemos numa outra situação na tabela, talvez estivéssemos sendo ovacionados”, afirmou. “Esta decisão é, talvez, o maior campeonato que o Goiás conquistou na sua história, mas só vai se confirmar no dia 23″, completou.

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Rafael Tomazeti
Jornalista formado pela Universidade Federal de Goiás. Fã de esportes e apaixonado pelo estado de Goiás. Trabalhou na Rádio Universitária 870 AM, TV UFG, Rádio 730/Portal 730, Jornal Diário do Estado, Diário de Goiás e Rádio BandNews.
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