Sérgio Lessa: Lambanças pra todo gosto no futebol “profissional”

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Foto: Internet / Reprodução

Gostaria de estrear no Esporte Goiano falando de boas notícias sobre várias modalidades desenvolvidas em Goiás. Tinha pensado em falar sobre vôlei, basquete, natação, ciclismo, artes marciais, squash, xadrez, futebol de mesa, futsal, purrinha, amarelinha entre outras modalidades.  Porém, não há como não falar das lambanças do futebol “profissional” do nosso Estado.

O Vila Nova, como de praxe, vacilou com os vencimentos de Moisés, e ficou pertinho de perder seu principal jogador. O Goiás permite que, pelo menos, três jogadores se apresentem muito acima do peso e trata isso com normalidade. Pior, contrata o tal do Dodô para satisfazer a vontade do atacante Walter.

Já o Atlético… nem se fale! O clube viu ruir a imagem, até sábado, ilibada do técnico Marcelo Cabo, um dos responsáveis diretos pelo título da Série B do Campeonato Brasileiro. Nem mesmo uma conquista como essa poderia segurar a barra de um sujeito que perde a linha completamente.

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NO VILA

Como um clube deixa de pagar salários e de assinar a Carteira de Trabalho de seus jogadores? Moisés entrou na Justiça do Trabalho e negociou, por fora, com o Ceará para forçar a diretoria colorada a negociar sua renovação contratual.

O clube depositou alguns vencimentos no dia em que Moisés pediu uma liminar na Justiça para liberá-lo e as coisas se acertaram rapidinho. O atacante não mencionou na coletiva em que concedeu ao lado do presidente Ecival Martins, mas revelou que o colorado ainda o deve. Triste para os dois lados.

 

NO GOIÁS

O atacante Walter, sempre confiando na sua alta qualidade técnica, voltou de férias com, segundo ele, 8 kg acima de seu peso ideal. Aparentemente, são mais de 8 kg, mas admitamos a versão do rotundo atacante. Os goleiros Márcio e Ivan, além do meia Tiago Luís, também se apresentaram bem recheados, adiposamente falando.

É inadmissível que um jogador profissional chegue ao clube nessas condições. Com que moral a comissão técnica vai cobrar disciplina dos demais jogadores se o clube fica paparicando o Walter e permite, inclusive, que o atacante leve outro gordinho – seu amigo Dodô – para fazer teste no clube. Pior, o atacante Dodô esteve no Goiás em 2013 para testes e sequer atuou.

Pior ainda: em 2013, Harlei Menezes, diretor de futebol do Goiás e então goleiro titular do Goiás, enfrentou Dodô nos treinos, já que o atacante entrava no time reserva nos treino. O Dodô deve ser tão bom, que o goleiro no qual ele deveria fazer gols sequer se lembra dele.

 

NO ATLÉTICO

Marcelo Cabo passou quase 1 ano no Dragão recebendo elogios em cima de elogios. Numa bela noite, ele resolve dar uma volta pela cidade, usufruir de pessoas que comercializam, digamos, a “mão de obra”, vai para um motel de quinta categoria e fica doidão por dois dias.

Desde que não prejudique terceiros, ele faz o que quiser com seu corpo. Para a imprensa e os torcedores, não interessa o quê e como ele fez. Isso é problema que ele tem de resolver com o Atlético e, principalmente, com a família. Entretanto, como comandante de uma equipe de cerca de 40 pessoas, ele deve satisfação a estes, à imprensa e aos torcedores.

O cidadão de 53 anos, que acabou fazendo o que fez, inclusive faltando ao trabalho, terá de arcar com as consequências sociais. E profissionalmente?

Cabo se mostrou muito competente no trabalho, o que foi o fiel da balança para a diretoria atleticana mantê-lo no comando da equipe.

Claro que todos merecem uma segunda oportunidade e não podem ser crucificados. Porém, por se tratar de um comandante da equipe, será muito difícil manter a autoridade com o elenco, que tem de levar puxões de orelha com certa frequência.

Outras lambanças se alternam entre os clubes do interior com estádios sendo demolidos sem que haja verba para reconstrução, elencos sendo formados a laço e clubes sem a menor estrutura física e econômica se metendo a “disputar” a competição.

Espero que as lambanças do futebol goiano se esgotem por aí e que o futebol “profissional” dê, aos torcedores, mais orgulho que motivos para chacotas.

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