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quinta-feira, abril 25, 2024
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De volta, Fefel busca garimpar talentos nas artes marciais

Conhece Rafael Coelho? Pelo nome de batismo, você pode não saber de quem se trata. Quando se fala o apelido, provavelmente, você já leu ou escutou algo sobre, ainda mais se for ligado ao esporte: Fefel. Velho conhecido das lutas em Goiás, o treinador de 58 anos está de volta ao meio e busca lapidar lutadores após período de “descanso”.

A trajetória de Fefel nas artes-marciais começou aos 10 anos de idade. O treinador, nos anos 80, ingressou no jiu-jitsu, onde permaneceu por alguns anos. Em sequência, ele partiu para a luta livre, mais conhecida por MMA (sigla para mixed marcial arts ou artes marciais mistas).

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Os anos seguintes foram de sucesso para o treinador, que “carregou Goiás” no MMA na década de 90 e começo dos anos 2000. Vários atletas cresceram sob os cuidados de Rafael durante esse período. Após todo o êxito, Fefel deu uma pausa, ficando alguns anos afastado do esporte. Nesse tempo, o cenário das lutas no estado progrediu com eficiência, como o próprio treinador mesmo afirmou.

“O cenário cresceu muito. Hoje temos excelentes atletas, em excelentes equipes. Professores muito bons, coisa que não tínhamos na época. Acho que hoje, Goiás é o celeiro da luta no Brasil”, comentou.

Mesmo com o progresso regional, Rafael citou que o Brasil acabou perdendo sua hegemonia no esporte por fatores culturais. O treinador completou com uma experiência vivida há quatro anos, quando visitou os Estados Unidos. Para Fefel, a organização norte-americana foi crucial para essa situação.

“Lá fora é diferente. Em 2014, eu passei um tempo nos Estados Unidos, a convite de uma equipe. Fiquei um tempo por lá e percebi que os Estados Unidos é um país com outra visão de luta. Essa hegemonia que tínhamos antigamente e perdemos pra eles já era esperado. É coisa de base, é coisa cultural. Estamos perdendo o espaço para o americano devido a organização deles. Eles são mais metódicos e nós somos mais soltos”, afirmou Fefel.

Retorno
O experiente treinador retornou ao meio da luta em 2018 já com alguns nomes sob sua tutela. O principal deles é Gabriel Limongi, tido por Fefel como o “nome do Centro-Oeste”. O atleta, que disputa o boxe olímpico, já foi vice-campeão brasileiro da modalidade, em uma final bem contestada, de acordo com seu professor.
“O Gabriel, ele é um cara, que acima de tudo é apaixonado pelo que faz. Ele sabe o que quer. Ele tem suas limitações como todo mundo, mas busca resolvê-las. Já foi vice-campeão no Brasileiro. E pra quem assistiu a luta, ele perdeu por decisão dividida e que cabia recurso. Mas o que importa é que ele sabe o que ele quer. E ele sabendo disso, nos ajuda muito em nosso trabalho”, descreveu Rafael.
Samih Zakzak
Estudante de jornalismo na Universidade Federal de Goiás (UFG). Gosta de esportes pra (censurado).
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