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Morre Hailé Pinheiro, histórico dirigente do Goiás, aos 86 anos

Morreu nesta quarta-feira, 7 de setembro, o presidente do conselho deliberativo do Goiás, Hailé Pinheiro, aos 86 anos de idade. De acordo com o comunicado do Verdão, ele estava em casa e veio a óbito por volta das 11h30. Ele lutava contra um câncer e o velório será no Estádio da Serrinha que também carrega o seu nome.

Histórico

Hailé Pinheiro nasceu em 13 de junho de 1937. Ele se chamaria Antônio, por conta do santo católico que é homenageado na data. No entanto, o pai do dirigente esmeraldino decidiu homenagear o imperador etíope Hailê Salassiê, histórico na defesa daquele país. Foi assim que nasceu Hailé Selassié de Goiás Pinheiro.

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Apaixonado por futebol, ele atuou pelo Goiânia, grande clube de época. Também vestiu as camisas de Botafogo-GO e União, todos times da capital. Mais tarde, todavia, sofreu uma lesão no joelho e deixou de jogar.

Foi em 1963 que a história de Hailé e Goiás se entrelaçaram para sempre. O futuro dirigente tinha 26 anos de idade e foi convidado pelo primo Olinto Pinheiro. Ele foi a uma reunião do clube e saiu presidente.

Entre as principais obras está a construção da sede da Serrinha, num terreno adquirido pelo Goiás nos anos 60. O estádio que leva seu nome nasceu em 1995.

Mesmo com a chegada da idade, Hailé jamais deixou o Verdão. Ele foi figura presente na política do clube, assumindo a presidência do Conselho Deliberativo e conselheiro de quase todos os presidentes executivos que passaram.

O lendário alviverde dividiu opiniões de torcedores e marcou algumas poucas polêmicas durante a vida, como em 2008. Naquele ano, ao ironizar uma camisa roxa do Corinthians, disse que o Goiás iria ‘chupar uva’ num duelo pela Copa do Brasil. Depois da eliminação para os paulistas, com uma goleada de 4 a 0, o goleiro Felipe chupou um cacho de uvas verdes, devolvendo a provocação.

Hailé (d)e Goiás

A relação entre Hailé e o Goiás é uma das mais próximas entre dirigente e clube. A história dos dois se confunde nas décadas que o homem forte esmeraldino se dedicou a construir um Alviverde maior.

Foram quase 60 anos de trabalho no Verdão. Vieram dezenas de títulos estaduais, duas conquistas da Série B e vários anos de consolidação na elite. Neste tempo, Hailé também viu o Goiás ganhar espaço internacional, com uma inédita participação na Libertadores, em 2006, e o vice-campeonato da Sul-Americana, em 2010.

O tão sonhado título brasileiro, porém, não veio. Hailé brincava e dizia que tinha um acordo com Deus para que ele só fosse levado depois que os esmeraldinos levantassem o troféu da Série A. Essa parte da história, o dirigente não viu.

Ele deixa, porém, o legado de seu nome ao estádio alviverde. A Serrinha, batizada de Estádio Hailé Pinheiro, passa por obras de modernização nos últimos anos. Duas partes do projeto já foram executadas, mas o clube ainda planeja concluir a arena com a transformação do setor oeste e o acabamento.

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Rafael Tomazeti
Jornalista formado pela Universidade Federal de Goiás. Fã de esportes e apaixonado pelo estado de Goiás. Trabalhou na Rádio Universitária 870 AM, TV UFG, Rádio 730/Portal 730, Jornal Diário do Estado, Diário de Goiás e Rádio BandNews.
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