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Voz ativa na luta contra o racismo, o volante Moacir se posicionou nesta sexta-feira (12) sobre o tema, que mais uma vez voltou à tona. Em entrevista coletiva, ele afirmou que, no futebol, não sofreu com o preconceito, mas foi vítima em vários episódios cotidianos, da infância à vida adulta.
– Dentro de campo, nunca sofri. No futebol, nunca sofri. Eu sofri no dia a dia, quando criança, adolescente e adulto. Até hoje, vagamente acontecem algumas situações. Tínhamos que ter uma janela para falar sobre isso por várias horas. Mesmo assim, não daria tempo. Isso acontece todos os dias, escondido em várias favelas, várias periferias – pontuou.
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Moacir disse ainda que a violência policial vista no episódio que causou a morte de George Floyd, nos Estados Unidos, é algo frequente na realidade brasileira. “Essa morte e essa rebelião mostra o que realmente acontece com os negros”, relata.
O volante aprova os protestos, desde que sejam pacíficos, e revela que conversa muito com a família sobre o tema. “Eu prego isso na minha casa, pois sou pai de filhos negros e filho de pais negros. Na minha casa, é um assunto bem falado. Tento preparar meus filhos para n situações”, conta.
Por fim, Moacir cita Floyd como um revolucionário, lamenta a morte dele, mas ressalta a importância do movimento que a tragédia desencadeou.
– Não posso dizer que uma morte aconteceu na hora certa, mas George Floyd revolucionou o mundo. Infelizmente, ele teve que perder a vida para isso acontecer. Os protestos vêm ajudando, mostrando o que é certo e errado. O que aconteceu com ele pode acontecer com qualquer um – afirmou.