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sábado, novembro 23, 2024
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“O Goiás tem de ser uma fábrica de jogadores de futebol”, afirma Marcelo Almeida

Essa semana foi bastante agitada nos bastidores e na diretoria do Goiás, devido a negociação da ida do atacante Michael para o Flamengo. Após muito impasse, o jogador foi negociado em definitivo com o rubro-negro carioca, que pagará, em três parcelas, os 7,5 milhões de euros por 80% dos direitos econômicos do atleta, sendo 75% do Esmeraldino e 5% do Goianésia.

O presidente-executivo do Goiás, Marcelo Almeida, questionado a respeito do que será feito com o dinheiro a ser recebido pela negociação de Michael, se esquivou da pergunta e disse ser precoce para falar a respeito.

“Está muito cedo para responder sobre. Acabamos de fazer a venda, tem poucas horas que o negócio foi concretizado e nós vamos pensar a respeito. E o que eu quero que todos entendam é que quando se fala de 7,5 milhões de euros, infelizmente, tem pouca representatividade no futebol, que está com cifras inimagináveis, diante de custos elevadíssimos, salários estratosféricos. Por incrível que pareça, é pouco valor. No entanto, para nós, mortais e pessoas físicas, é muito dinheiro”, afirmou.

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O mandatário esmeraldino fez questão de acrescentar que o clube terá muita calma na hora de investir os valores a serem recebidos.

“O Goiás sempre se mostrou um time muito centrado e pés no chão. É um anseio de todos que a gente vá ao mercado para contratar atletas renomados, mas qualquer atleta, por pouco significativo que seja, tem ganhos salariais elevados. Temos de ter muito cuidado com os próximos passos. Dinheiro não leva desaforo, assim como o futebol. Primeiramente, temos de receber o dinheiro do Michael”, salientou.

Além disso, Marcelo Almeida agradeceu publicamente ao vice-presidente do Conselho, o Edminho que conduziu a negociação junto ao Flamengo. De acordo com o dirigente esmeraldino, ele julgou necessário chamar o Edminho, pelo fato do mesmo ter experiência nesse tipo de negociação, que envolve muita frieza perante as cifras envolvidas.

Insatisfação de Hailé Pinheiro

O principal dirigente esmeraldino, Hailé Pinheiro, em entrevista à Rádio Sagres lamentou a saída do atacante Michael que ganhou projeção nacional com a camisa do Goiás.

“Eu vejo com muita tristeza (a venda do Michael), porque foi muito barato e estou muito chateado. A negociação foi conduzida de uma maneira muito correta, mas o preço que foi estipulado na cláusula (da negociação) foi errado. Estou muito inconformado. Mas o Michael tem que seguir a vida dele. Agora vamos fabricar outro”, declarou Hailé Pinheiro.

O presidente executivo Marcelo Almeida falou a respeito da declaração e sentimento de insatisfação do seu Hailé Pinheiro.

“O seu Hailé é uma pessoa que historicamente têm um olhar muito aguçado a identificação desse tipo de atleta. Foi assim com o Bruno Henrique, Carlos Eduardo, Rafael Tolói e, agora, o próprio Michael. E ele (seu Hailé) têm muito amor por esses atletas que lapida e toma os atletas como filhos. E por gostar muito, ele valoriza esse jogadores e isso é normal. Mas tem uma coisa chamada mercado. E o jogador acaba valendo aquilo que o mercado paga. Infelizmente, as propostas maiores do que essa (de 10 milhões de euros) não chegaram e nós somos detentores de 75% desse valor (7,5 milhões de euros)”, comentou.

O dirigente esmeraldino acredita que o Goiás Esporte Clube em breve irá atingir os patamares internacionais de negociação e que o clube têm de ser uma “fábrica de jogadores de futebol”, pois seu desejo é vender mais de dois atletas por temporada.

Ildeu Iussef
Jornalista em formação (UFG). Produtor dos Programas Esportivos da Rádio Universitária UFG 870 AM. Amante do Esporte!
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