Lucy Medeiros, goiana, é uma das únicas mulheres announcer de MMA no Brasil

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Lucy Medeiros
Lucy Medeiros/Acerco Pessoal
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Goiás é um local com pessoas apaixonadas por lutas. Até por isso, vários lutadores e lutadoras daqui surgem com destaque em cenário nacional. Mas nem só dentro do ringue acontecem os sucessos. A goiana Lucy Medeiros, hoje, é uma das duas mulheres que são announcer no MMA em todo o país. A função se notabilizou com Bruce Buffer, com seu bordão “It’s time” no UFC.

Mais de lutas
-> Ademais, veja como foi o Punhos de Aço

No centro-oeste, Lucy é a primeira pessoa do sexo feminino´no Centro-Oeste brasileiro a fazer o anúncio dos lutadores e agitar a galera pelas arquibancadas. A participação em programas de rádio e o fato de ter um programa na TV sobre artes marciais fizeram toda a diferença para a goiana alcançar o seu espaço em um local tão pouco ocupado pelas mulheres ainda.

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“Tenho um canal de lutas que começou como suporte a um programa de TV de artes marciais que fazíamos a produção.  O canal é o Conexão Combate, que inclusive faz cobertura credenciada do UFC aqui no Brasil. Assim que me envolvi nas artes marciais de fato, fazendo coberturas. Como já fiz programa de rádio em Goiânia, recebi o convite para conduzir como announcer uma luta no NP FIGHT, já que a luta principal era luta feminina. Desde então, venho conduzindo oficialmente o NP FIGHT, e fazendo a locução de alguns outros eventos, inclusive fora de Goiás, como no Mato Grosso. Aqui na cidade (Goiânia) ainda conduzo o evento de Muay Thai Punhos de Aço, hoje o evento de maior notoriedade da modalidade aqui”, afirmou Lucy, formada em Publicidade e Propaganda.

Eventos de Lucy Medeiros como announcer

-> NP FIGHT
-> Punhos de Aço (Muay Thai)
-> NX FIGHT, no Mato Grosso
-> Boxe Cerrado Praia GO
-> Prêmio Melhor do Esporte
-> Kings of War

A estreia foi no Aspera FC, ao lado do locutor oficial do evento, Júnior Furtuoso, na edição Goiânia. Na ocasião, a publicitária fez o anúncio das lutas preliminares e, desde então, não parou mais de ser announcer. Ainda sem fazer eventos com transmissão, Lucy se sente mais livre, com liberdade para interagir com o público e trocar energias, como definiu. Para a goiana, a melhor parte é a agitação com os amantes da luta.

O legado de Lucy e preconceito

Porém, como costuma acontecer com as mulheres em ambientes historicamente ocupados por homens, Lucy Medeiros já viveu na pele o preconceito por exercer a função que tanto ama. Especialmente em outros estados, como é menos conhecida, a goiana já foi diminuída até mesmo por prefeito.

“Tive experiências por descrédito, do pessoal desacreditar mesmo que uma mulher poderia fazer. E assim, é aquela coisa de “Ah tá, mulher…”, “E mulher lá entende de luta?”, “Mulher entende de locução, sobre os atletas?”. Eu já ouvi essas coisas. Mais o pessoal de fora, aqui dentro (Goiás) não tive porque o pessoal já me conhecia. Aconteceu de um prefeito em certa cidade em que fui fazer um evento que disse “Uma mulher?”, tipo assim, totalmente desacreditado, fazendo piadinhas”, revelou a announcer.

Apesar do desafio diário, Lucy se sente honrada por ser announcer sobretudo sendo mulher e abrindo barreiras. Quando começou, como afirmou, apenas ela e Nega Gizza, no Rio de Janeiro, eram as mulheres que anunciavam as lutas por todo o Brasil.

“Me sinto honrada em representar a voz feminina dentro do cage, sendo uma área que é dominada por homens. O peso foi grande no início, contudo a receptividade dos fãs de lutas foi tamanha, que me senti em casa. Espero deixar um legado favorável para novas mulheres se aventurarem mais de microfone nas mãos em um octógono”, decretou Lucy.

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