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Após 10 anos na Europa, Sandro analisa retorno ao Brasil e critica hábitos e individualismo dos atletas

No início de 2020, o volante Sandro foi anunciado pelo Goiás. Após uma década atuando na Europa, o jogador retornou ao Brasil para defender a equipe esmeraldina. No país, Sandro tinha defendido apenas o Internacional, clube que o revelou.

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Em entrevista ao Esporte Goiano, o volante falou sobre o seu retorno ao Brasil. A sua readaptação ao país, a volta após acumular experiência no futebol europeu, diferente daquele jovem que saiu do Brasil em 2010. Sandro falou sobre as diferenças que encontrou em sua volta. O volante também analisou a liderança que exerce dentro da equipe, principalmente auxiliando os jogadores mais jovens do elenco.

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Confira a entrevista com o volante

Sandro saiu do Brasil em 2010, logo após a conquista do título da Copa Libertadores pelo Internacional. Antes de voltar ao Brasil, o jogador defendia as cores do Gênoa, da Itália. O final da passagem do volante pela Europa não foi dos melhores, Sandro ficou por volta de sete meses sem atuar. Em sua volta, o jogador revelou que sofreu para retomar o ritmo de jogo, mas que agora já está melhor adaptado.

“Foi um pouco difícil pra mim. Foram muitos anos fora e também antes de eu vir para o Goiás eu fiquei seis ou sete meses sem jogar. Esse tempo sem atuar agravou minha situação em termos físicos, com uma condição melhor. Por estar jogando tanto tempo na Europa, o futebol é muito diferente, os treinos são diferentes, a rotina é diferente. Eu tive que me readaptar, mudar algumas coisas.
Eu sofri, mas eu já estava bem readaptado antes da parada e agora quando voltar, em breve, eu já sei como eu tenho que fazer pra me sentir bem dentro de campo. Foi muito difícil, mas agora depois de dois meses e meio eu já estou me sentindo melhor”, disse o atleta sobre as dificuldades encontradas para retomar o ritmo de jogo.

Experiência 

Aos 31 anos, o jogador é um dos mais experientes do elenco. Em seu plantel, o Goiás conta com vários jogadores oriundos das categorias de base. Líder dentro de campo, o jogador contou como ajuda os mais jovens, orientando dentro e fora de campo, principalmente aqueles que atuam na mesma faixa de campo que o volante.

“Eu me amarro, gosto muito de conversar com os mais jovens, de passar o que eu vejo da minha função. O que eu sei, que eu faço e no decorrer dos anos deu certo o que não deu certo, o que tem que fazer para aumentar o seu nível, ser um volante de alto nível.
Eu converso bastante com eles, até dentro do jogo. Questão de posicionamento, as vezes eu sou até chato e tenho que tomar cuidado para não entrar por essa linha do chato.
As vezes a gente já viu tanto, conhece muito por ter jogado com grandes jogadores e esses jogadores já me passaram. Eu tô tentando ajudar, falando um posicionamento melhor. Eu me amarro, gosto muito do que eu faço, pelo futebol, pela minha função, eu procuro ajudar os caras a serem melhores”, explicou o jogador como faz para orientar os atletas mais jovens dentro de campo.

Mudanças nos últimos 10 anos

Após conquistar o título da Libertadores em 2010, Sandro deixou o futebol brasileiro rumo a Europa. O jogador rodou por Inglaterra, Turquia e Itália. De volta após uma década no futebol europeu, o volante analisou o que mudou no futebol brasileiro desde então. Segundo ele, a principal mudança foi a tecnologia que os clubes começaram a utilizar. Sandro também criticou o individualismo dos jogadores brasileiros e algumas atitudes dos atletas fora das quatro linhas.

“Não só no futebol, mas no Brasil e no mundo as coisas vão evoluindo. Em termos de tecnologia, tática e as coisas chegaram ao Brasil. Antigamente não tinha GPS, hoje você sai do treino e sabe o que você fez, o que precisa fazer mais. A estrutura, as pessoas, fisiologista, preparação física estão bem ligadas ao GPS para ver o desempenho.
Taticamente não vejo uma mudança muito grande, mas lógico que se tem um pouco. O jogador brasileiro tem que mudar um pouco, tem que querer ser mais, jogar mais, sair do nível em que está. Lá na Europa os jogadores não precisam de advertências sobre horários, sobre o que fazer, eles mesmos fazem as coisas.
Aqui no Brasil as pessoas estão mais relaxadas nesse aspecto, isso temos que melhorar. Temos que melhorar também dentro de campo, o futebol brasileiro é muito individualista, pega a bola e fica muito tempo com ela, isso que eu venho falando nos treinos e nos jogos, para ser objetivo, rápido. Pode ser individual, mas tem que ser lá no final do campo, no último terço, onde você está perto da área, ali não tem que tocar a bola, tem que ir pra dentro e se precisar tocar a bola, toca. Não seja individual no meio de campo, na defesa, isso ainda temos que melhorar, jogar como equipe, rápido e ganhar campo.
O Brasil evoluiu, mas eu acho que tem que evoluir mais e cabe a nós querer evoluir a cada treino, a cada jogo, porque assim vai evoluir cada vez mais”, analisou o atleta as mudanças que ocorreram no futebol brasileiro nos últimos 10 anos.

Preparação em tempos de coronavírus

Sem entrar em campo devido a pandemia causada pelo coronavírus, o jogador segue sua rotina de treinos. Segundo o atleta, ele está sendo acompanhado a distância pelo setor de preparação física do Goiás.

“Estou treinando em casa, mas o Alexandre Lopes (preparador físico) vai nos auxiliando com os treinos pelo whatsapp. Está difícil, mas estamos sendo acompanhados de longe. Ele está fazendo com que a gente não pare e está nos cobrando isso”, falou o jogador sobre como está fazendo para treinar mesmo estando em casa.

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