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quinta-feira, novembro 21, 2024
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Entrevista: “Meu melhor momento na carreira eu vivi no Goiás”, afirma xerifão esmeraldino Silvio Criciúma

Atuando pelo Goiás, Silvio Criciúma é considerado um xerifão pelos torcedores esmeraldinos. Na equipe, o zagueiro escreveu sua história no futebol goiano com grandes exibições e conquistas importantes. Afinal, em 5 anos vestindo a camisa do Goiás, o ex-jogador conquistou 7 títulos.

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Em entrevista especial ao Esporte Goiano, dando sequência a série com atletas que fizeram história no futebol goiano, o ex-jogador Silvio Criciúma relembrou conquistas e histórias com a camisa esmeraldina. Confira a entrevista na íntegra!

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EG – Silvio como foi que o futebol surgiu em sua vida?

Jogo futebol desde pequeno, apesar de não ter recebido nenhuma influência familiar. Comecei em um time profissional da cidade de Tubarão, chamado Ferroviário, hoje não existe mais, com 16 anos joguei no profissional. Aos 18 anos fui para a base do Criciúma, profissionalizei no ano seguinte, em 1991 já fazia parte daquela equipe que foi campeã da Copa do Brasil.

EG – Você foi revelado pelo Criciúma e logo no começo da carreira profissional participou do grupo que conquistou a Copa do Brasil e disputou a Libertadores. Como foi começar a carreira com conquistas importantes?

Tive a oportunidade de jogar na melhor época do Criciúma. Fiz parte de um grupo que já era campeão catarinense e tive a oportunidade de participar da conquista de mais dois títulos estaduais, da Copa do Brasil e uma participação marcante na Libertadores, tudo isso em 3 anos. Comecei minha carreira tendo grandes treinadores, como Levir Culpi e Felipão.

EG – Você defendeu o Goiás entre os anos de 1996 e 2001 e com a camisa esmeraldina conquistou quatro títulos goianos (1997, 1998, 1999 e 2000); duas Copa Centro-Oeste (2000 e 2001) e a Série B (1999). No Goiás foi onde vieram as grandes conquistas da sua carreira como jogador?

No Goiás, também, joguei no melhor momento do clube. Foram 7 títulos em 5 anos. Logo na minha chegada, em 1996, fomos semifinalistas do Brasileiro. Conquistamos o primeiro título nacional (Série B de 1999), o tetra e pentacampeonato goiano, boas participações em Copas do Brasil, foram anos de muita alegria para o torcedor.

Meu melhor momento na carreira eu vivi no Goiás. Fui cotado para a Seleção Brasileira em 1997. O Felipão queria me levar para o Palmeiras, mas o seu Hailé nem abriu conversa para negociar. Em 1998, ainda no Campeonato Goiano, lesionei meu joelho e não pude jogar mais naquele ano. Coincidentemente, naquela temporada o Goiás foi rebaixado, mas voltei a jogar em 1999 quando tivemos as conquistas inéditas: campeão brasileiro da série B e tetracampeões goiano. Me sinto muito honrado de participar da seleção de todos os tempos, eleita pelos torcedores.

EG – Qual é a importância do Goiás na sua carreira como jogador de futebol?

O Goiás foi o clube que me projetou para o cenário nacional, onde tive muitas conquistas e onde fui batizado de Silvio Criciúma. Também, em Goiânia nasceram minhas duas filhas.

EG – Tem algum jogo (ou jogos) que ficaram marcados na sua memória no período em que defendeu o Goiás?

Considero dois jogos como os mais importantes no Goiás, coincidentemente dois jogos do primeiro título nacional do clube. Goiás 4×4 Bahia, foi um jogo muito disputado e com oito gols bonitos, inclusive de bicicleta do Fernandão, fiz dois gols nesse jogo, sendo um deles o mais bonito da minha carreira. 

outra partida, que eu considero a mais importante que fiz pelo Goiás, foi contra o Vila Nova, em uma quarta feira à noite onde vencemos o rival por 1 a 0 e conseguimos o acesso.

EG – Mesmo depois que deixou de jogar bola sua relação com o futebol goiano se manteve, pois você treinou o Trindade, Aparecidense, Anapolina, Itumbiara, Grêmio Anápolis e Goiás. Gostaria que você falasse um pouco dessa sua relação com as equipes e o futebol goiano.

Minha relação com o futebol goiano se deve ao período que joguei no Goiás Esporte Clube. Fui chamado para outros trabalhos no estado justamente pelas conquistas que obtive no time esmeraldino, e pela relação de amizade com as pessoas do futebol goiano.

EG – Silvio enquanto jogador você ficou marcado por ser um zagueiro forte e brigador, um xerifão que por onde passou carregou a faixa de capitão. Como treinador, qual é a sua característica?

Forte e brigador foi somente no sentido de luta pelo objetivo, pois sempre fui muito equilibrado e tomando a frente das situações. Minha relação com imprensa, diretoria e torcedores sempre foi transparente e positiva. Hoje como treinador sou o reflexo do que fui como atleta.

EG – Para encerrar a entrevista, gostaria de saber a origem do apelido Silvio “Criciúma”?

Em 1996 quando cheguei no Goiás, tinha um atleta no grupo com o mesmo nome. Silvio, um atacante que jogou no Bragantino, Fluminense e na Seleção. Daí tiveram que mexer no meu nome e quem acrescentou o “Criciúma” no meu nome foi o então Diretor de Futebol da época, Raimundo Queiroz.

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Ildeu Iussef
Jornalista em formação (UFG). Produtor dos Programas Esportivos da Rádio Universitária UFG 870 AM. Amante do Esporte!
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