Em 2014 o Atlético protagonizou uma das maiores vitórias da história do futebol goiano, não pelo placar, que não foi elástico, ou expressivo, mas sim pelo modo como ocorreu. Tal partida aconteceu no segundo jogo da final do Goianão 2014, diante o seu maior rival, o Goiás Esporte Clube.
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Naquela época o time esmeraldino não havia perdido nenhuma partida na competição, chegou de maneira invicta para a final com incríveis 11 vitórias e 5 empates em 16 jogos disputados, o time esmeraldino marcou 33 gols e levou apenas 9. Em contra partida o Atlético chegou a final com 8 vitórias, 3 empates e 5 derrotas, marcando 23 gols e sofrendo 14.
No regulamento daquele ano a equipe melhor colocada chegava a final com a vantagem de decidir o título como mandante e jogava por dois resultados iguais, para se tornar o campeão. Na primeira partida da final o resultado foi um empate sem gols, o que favorecia o time esmeraldino, já que bastava outro empate para ser tricampeão, já que havia vencido em 2012-2013, porém no segundo jogo a história aconteceu.
Começo morno
No primeiro tempo o Goiás seguiu os mesmos passos do que vinha fazendo dentro da competição e praticamente mandou no jogo. Jogando com a vantagem de baixo dos braços o time esmeraldino chamava o Atlético para o seu campo de defesa, e explorava os contra-ataques. O técnico do Dragão, Marcelo Martelotti reclamava muito da postura do seu time e pedia mais vibração do elenco dentro de campo.
Os principais nomes do Atlético na partida caíam sobre os atacantes Júnior Viçosa e Juninho, que praticamente eram as válvulas de escape do dragão. Pelo lado esmeraldino, Thiago Mendes e Amaral, que sobressaíam nos desarmes defensivamente. Na primeira etapa poucas chances reais de gols aconteceram, o que culminou no empate em 0 a 0.
Os 48 minutos da história
Na volta para a segunda etapa, a postura do Atlético mudou. O técnic Marcelo Martelotti foi para o tudo ou nada. O comandante realizou algumas alterações, como foi o caso de Eusébio, visando maior velocidade no time, que surgiu efeito. Jorginho, Juninho e Fábio Lima começaram a se soltar mais e o Atlético foi melhorando no jogo.
Mesmo com o ímpeto do Dragão, o Goiás surpreendeu o time atleticano após conseguir um pênalti. A marcação foi feita após uma cobrança de escanteio de David, Artur, zagueiro atleticano, acabou tirando a bola com a mão na grande área. O árbitro marcou a penalidade. Na cobrança, Aráujo acabou batendo muito mal e Márcio fez a defesa.
Com a defesa do pênalti o time atleticano cresceu ainda mais na partida e conseguiu até abrir o placar com Juninho, mas o árbitro Wilton Pereira, acabou marcando o impedimento de forma errada, o que gerou muita discussão por parte do elenco rubro-negro. Com isso o Goiás passou a se defender mais ainda, praticamente se abdicou de atacar e visou o empate até o final do jogo.
Porém o o que parecia impossível aconteceu. Aos 48 minutos o Atlético conseguiu um escanteio. Na cobrança Pedro Bambu levantou para a grande área, o zagueiro Lino subiu mais alto que a defesa esmeraldina, cabeceou, a bola passou por Lima, venceu o goleiro Renan e morreu no fundo da rede esmeraldina. Terminava ali o fim a da invencibilidade do Goiás, e começava a festa dos jogadores e da torcida atleticana.
Esse título até hoje é lembrado pelos rubro-negros, muito dos quais usam a numeração da camisa na torcida em alusão a tal feito. Uma das maiores viradas de situações da história do Campeonato Goiano. O Atlético chegava a seu 13° na história do estadual.