Uma das grandes histórias do Campeonato Goiano de Judô em 2024 é de Maria Eduarda Marra. Aos 14 anos, ela é destaque no sub-18 e, na sétima etapa, já atuou no sub-21 e conquistou a prata, a despeito do desnível da idade. No evento em Goiânia, aliás, foram duas medalhas prateadas na faixa de peso até 70 kg.
Marra, hoje confiante nos tatames, precisou vencer a ansiedade e a cobrança pessoal. “Fico muito ansiosa na semana do campeonato. Não pela pressão ou ter medo de perder, mas pela cobrança que tenho sobre mim, de sempre querer ser a primeira.”
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A história da atleta começa na escola. A energia, que às vezes se confundia com indisciplina, fez com que a diretora da escola sugerisse a ela o judô como uma atividade de concentração e, claro, disciplina.
“Eu era um pouco atentada (risos). A diretora da minha escola me aconselhou a entrar no judô para controlar a força. Depois não parei mais. É o meu estilo de vida, o que adoro fazer”, destaca.
Marra é treinada pela sensei Maisa Gonçalves e é nela que a jovem se espelha. Ser uma atleta olímpica é um sonho evidente, mas o grande desejo do coração é ser também professora e levar o judô a crianças e adolescentes como ela.
“Ela (sensei) sempre me ajudou desde o começo, me acolheu quando comecei no judô na escola. Viu que talvez eu teria futuro por ser muito dedicada. Construímos uma família. Ela acompanha todo meu desempenho. Pretendo um dia ter pelo menos metade dos títulos dela e me tornar uma professora tão boa quanto ela.”