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sexta-feira, novembro 22, 2024
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“Vi com grande tristeza”, diz Adson sobre paralisação do Goianão

Após a orientação da CBF, nesta terça-feira (17), para que todos os campeonatos de futebol pelo país parassem, a FGF decidiu realizar a suspensão do Goianão 2020 por tempo indeterminado. A decisão tomada pela entidade veio logo após a manifestação de clubes como Goiás, Anapolina e Grêmio Anápolis em não querer mais a disputa da competição.

No entanto, alguns clubes ainda queriam o prosseguimento do torneio com portões fechados. O Atlético era um desses clubes. O presidente Adson Batista era favorável à permanência. Em entrevista à Rádio Sagres, ele expôs seu sentimento com a decisão da FGF.

“Eu vi com uma grande tristeza. Acho que poderíamos jogar sem torcida. O próprio governador manifestou que poderíamos jogar sem problemas, pois é um ambiente aberto, com pouca gente. Evidente que sou um cara que faz de qualquer dificuldade uma oportunidade, temos que enfrentar tudo de frente. Acho que o clube sem um calendário definido, sem jogos, é muito prejudicial, mas evidente que também eu não sou um especialista, nem infectologista, as vezes estou muito confiante e podem vir problemas muito maiores por aí”, pontuou.

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O presidente afirmou ainda que o ideal era encerrar, ao menos, a primeira fase do torneio para evitar a judicialização da competição.

“Acho que poderia terminar pelo menos essa fase, para não termos viradas de mesa, não termos coisas negativas, que empobrecem o futebol. Por exemplo quem tiver de cair, que não fez um bom campeonato, que caia”, afirmou.

“Sem rumo”

Para o presidente rubro-negro, as entidades que comandam o futebol não têm ideia de como lidar com a crise neste momento. Isso, segundo ele, pode prejudicar a operação financeira dos clubes.

“É um problema mundial, temos que entender, e logicamente ficamos desnorteados. A CBF está sem rumo, o problema é muito profundo, mas não temos um norte, não temos nenhuma portaria falando o adiamento por 15, 30 dias para trabalharmos dentro de uma possibilidade de programação, para liberar jogador, para ter treinamentos. É muito difícil, as contas ficam só para os clubes, o problema é só nosso, é difícil. Eu vivi tudo no futebol, mas nunca passei por uma situação dessa, onde não sabemos o que vai acontecer. Principalmente financeiramente falando, jogador tem família, tem contrato, ele vai querer receber, e o clube vai ficar com as portas fechadas, sem receber e sem nada. Então é um momento de muita preocupação com o futebol brasileiro”, desabafou.

O Atlético segue ainda suas atividades dentro do clube e os jogadores ainda estão treinando, Adson espera um posicionamento de datas da FGF para iniciar a suspensão das atividades do clube.

Willian Rommel
Jornalista formado na UFG. Pós graduado em jornalismo esportivo pela faculdade Estácio. Trabalhou na Rádio Universitária 870 AM, na Rádio Difusora 640 AM, Rádio Bandeirantes Goiânia, Diário de Goiás e na TV UFG. Profissional na área esportiva desde 2012.
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