Após a orientação da CBF, nesta terça-feira (17), para que todos os campeonatos de futebol pelo país parassem, a FGF decidiu realizar a suspensão do Goianão 2020 por tempo indeterminado. A decisão tomada pela entidade veio logo após a manifestação de clubes como Goiás, Anapolina e Grêmio Anápolis em não querer mais a disputa da competição.
No entanto, alguns clubes ainda queriam o prosseguimento do torneio com portões fechados. O Atlético era um desses clubes. O presidente Adson Batista era favorável à permanência. Em entrevista à Rádio Sagres, ele expôs seu sentimento com a decisão da FGF.
“Eu vi com uma grande tristeza. Acho que poderíamos jogar sem torcida. O próprio governador manifestou que poderíamos jogar sem problemas, pois é um ambiente aberto, com pouca gente. Evidente que sou um cara que faz de qualquer dificuldade uma oportunidade, temos que enfrentar tudo de frente. Acho que o clube sem um calendário definido, sem jogos, é muito prejudicial, mas evidente que também eu não sou um especialista, nem infectologista, as vezes estou muito confiante e podem vir problemas muito maiores por aí”, pontuou.
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O presidente afirmou ainda que o ideal era encerrar, ao menos, a primeira fase do torneio para evitar a judicialização da competição.
“Acho que poderia terminar pelo menos essa fase, para não termos viradas de mesa, não termos coisas negativas, que empobrecem o futebol. Por exemplo quem tiver de cair, que não fez um bom campeonato, que caia”, afirmou.
“Sem rumo”
Para o presidente rubro-negro, as entidades que comandam o futebol não têm ideia de como lidar com a crise neste momento. Isso, segundo ele, pode prejudicar a operação financeira dos clubes.
“É um problema mundial, temos que entender, e logicamente ficamos desnorteados. A CBF está sem rumo, o problema é muito profundo, mas não temos um norte, não temos nenhuma portaria falando o adiamento por 15, 30 dias para trabalharmos dentro de uma possibilidade de programação, para liberar jogador, para ter treinamentos. É muito difícil, as contas ficam só para os clubes, o problema é só nosso, é difícil. Eu vivi tudo no futebol, mas nunca passei por uma situação dessa, onde não sabemos o que vai acontecer. Principalmente financeiramente falando, jogador tem família, tem contrato, ele vai querer receber, e o clube vai ficar com as portas fechadas, sem receber e sem nada. Então é um momento de muita preocupação com o futebol brasileiro”, desabafou.
O Atlético segue ainda suas atividades dentro do clube e os jogadores ainda estão treinando, Adson espera um posicionamento de datas da FGF para iniciar a suspensão das atividades do clube.