O presidente da Federação Goiana de Futebol (FGF), André Pitta, demonstrou desejo de manter os jogos do Campeonato Goiano, apesar da paralisação do calendário nacional pela CBF e de vários outros torneios estaduais sinalizarem para a interrupção a partir da próxima semana. Essas medidas estão sendo tomadas para conter o avanço do novo coronavírus.
Ainda haverá uma reunião nesta semana, sem data definida, com representantes dos clubes para tratar do assunto.
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Segundo Pitta, caso o Goianão seja suspenso, o calendário dificilmente permitiria uma retomada do Estadual de 2020. Ele ainda cita as dificuldades do clubes e diz que acredita que manter as partidas com portões fechados é uma solução viável.
– A princípio trabalhamos com a possibilidade da continuidade, com portões fechados. A preocupação que nós temos é com a questão de datas. Nós não temos essas datas. A paralisação do campeonato neste momento ele pode significar o encerramento. Temos dificuldade de alguns clubes conseguirem manter a sua estrutura com o campeonato parado. Precisamos honrar alguns compromissos e os atletas vão continuar treinando, então só tirariam eles de dentro de campo, é algo que temos que avaliar. Tirando os atletas de dentro de campo, eles vão continuar indo em locais com chances de contaminação – disse em entrevista à TV Anhanguera.
Conforme o presidente da FGF, as competições de base deve ser suspensas neste momento. “Devemos suspender as competições de categoria de base para que o fluxo de pessoas nos centros de treinamentos diminua e fique apenas as delegações das equipes profissionais”, revelou.
Contexto diferente
De acordo com Pitta, a decisão da CBF é prudente e justificada, pois se apresenta num contexto de competições nacionais, para as quais os clubes precisam utilizar aeroportos e os atletas, portanto, enfrentam maior risco de contaminação.
– A decisão de parar os campeonatos tem um componente diferente dos estaduais, quando ela para as competições, ela está paralisando competições em que os clubes estão viajando o tempo inteiro. Eles utilizam aeroportos, em sua grande maioria aeroportos com voos internacionais e que tem uma demanda de pessoas chegando no país e isso traz um risco maior, esse foi um dos principais motivos que fez com que a CBF chegasse a essa resolução. No nosso caso nós não temos isso, somente dentro de casa. A única diferença é tirar os jogadores de dentro de campo, que a chance de contrair entre os jogadores é menor – afirmou.