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terça-feira, setembro 17, 2024

Vassoura atrás da porta

O Vila Nova terminou o 1º turno da Série B do Campeonato Brasileiro com uma campanha surpreendente. O Tigre se colocou como postulante a uma das quatro vagas na elite, mas ainda existe uma desconfiança sobre a capacidade que a equipe tem para brigar até o fim pelo acesso. Esse sentimento é compreensível uma vez que o time colorado tem sido um visitante dócil na competição. Para chegar com força na luta pelo G-4, o Vila Nova vai precisar ser mais forte jogando longe de Goiânia.

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Os mais supersticiosos contam que colocar uma vassoura de ponta-cabeça atrás da porta afasta as visitas indesejadas. Na metade inicial da Segundona, o Vila Nova não causou esse tipo de preocupação nos adversários. O Tigre teve a sétima pior campanha fora de casa entre os 20 concorrentes, com um aproveitamento de apenas 22,2%. É muito pouco para quem quer subir de divisão.

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No 2º turno, o Vila Nova vai disputar 9 jogos no OBA e outras 10 partidas na condição de visitante. Por isso, mesmo que vença todas as partidas em casa a pontuação seria insuficiente para terminar a competição no G-4. Ou seja, o técnico Luizinho Lopes terá de trabalhar esse aspecto de forma central. Se o time rende tanto em Goiânia, ao ponto de ter o quarto melhor aproveitamento como mandante, o que falta para melhorar o desempenho fora de seus domínios?

Próximo desafio

O primeiro dos dez desafios como visitante no 2º turno será contra o Guarani, nesta segunda-feira (12). Essa partida passa a ser importantíssima para uma virada de chave do Vila Nova. O Bugre realiza uma campanha sofrível e está ameaçado pelo fantasma do rebaixamento à Série C. Nem mesmo o fator casa tem ajudado o time de Campinas (SP), pois o Guarani é dono da segunda pior campanha como visitante, com apenas 30% de aproveitamento. Em efeito de comparação, o Tigre aparece com incríveis 80% de aproveitamento dentro do OBA.

Portanto, voltar do interior paulista sem uma vitória vai jogar ainda mais pressão sobre o Vila Nova. O time colorado já vive uma sequência de quatro jogos sem vitória na competição nacional. Prolongar esse jejum contra um time mais frágil é aumentar a desconfiança do torcedor sobre a capacidade da equipe em brigar mais uma vez pelo acesso. Isso coloca tempero no duelo a ser travado no Brinco de Ouro da Princesa. Além de ser temido dentro de casa, o Vila Nova precisa começar a ser indesejado fora dela.

*A coluna Resenha Crônica, assinada pelo jornalista João Paulo Di Medeiros, vai ao ar duas vezes por semana.

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