Jair Ventura está de volta ao Goiás dois anos depois de deixar a Serrinha. O treinador foi oficialmente apresentado nesta sexta-feira (27) e admitiu que chega pressionado para cumprir os dois principais objetivos esmeraldinos ano: o fim de jejum de títulos do Goianão e o acesso à Série A do Brasileirão.
Na história recente do clube, treinadores que não conquistaram o estadual acabaram demitidos. Esta pressão, admite o treinador, existe. Por isso, o trabalho é para levar a taça de volta à Serrinha. “Prefiro garantir com título (a permanência no Goiás). É melhor do que ficar a dúvida. Vamos buscar o título. Mas claro que, caso não aconteça, que o trabalho possa ter sequência”, disse.
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Ventura cita o histórico ruim das trocas de treinadores no país. Ao longo da coletiva de apresentação, ele elogiou o diretor de futebol Lucas Andrino e sua postura de apostar no trabalho de longo prazo.
“Tivemos equipes rebaixadas neste ano e nenhuma delas teve menos de quatro treinadores. Os estudos mostram que quanto mais mudanças, mais difícil. Sabemos que a pressão é grande, mas acredito sempre na força do trabalho e que a gente possa dar sequência, mesmo não acontecendo”, frisou.
Para voltar a ser campeão goiano, o Goiás precisa desbancar o reinado do Atlético-GO, atual tricampeão estadual. Ventura, inclusive, foi vitorioso com o Dragão em 2024. Agora no rival, ele evita entrar em provocações contra o clube rubro-negro e lembra da história que construiu em Campinas.
“Não tem nada especial contra o Atlético-GO. Fui muito bem recebido lá. Vim jogar contra eles e a torcida me aplaudiu, uma coisa que nunca tinha vivenciado no futebol. Fiz muitos amigos, tivemos alguns feitos inéditos lá, como o tricampeonato, as 15 vitórias consecutivas. Estamos marcados na história e não vai ter gostinho especial. Tenho carinho pelo clube. O gostinho especial vai ser aqui, em poder ajudar o Goiás mais uma vez, com uma torcida que sempre me abraçou e respeitou”, afirmou.
O treinador afirmou que enquanto o elenco não estiver formatado não há como tratar de um sistema de jogo ideal, uma vez que o trabalho será desenvolvido a partir das peças disponíveis. Ele demonstrou confiança no trabalho da direção e na temporada esmeraldina.
“Estamos num início de formatação. Temos umas peças para repor do nosso elenco. É difícil falar de modelo, de sistema. É muito cedo. Não posso jogar em uma plataforma sem as peças para fazê-lo. Temos algumas ideias, mas só vai ser possível quando fecharmos o grupo. O trabalho da comissão técnica é potencializar o que você tem mãos. Independente do sistema, que a gente extraia o máximo desses atletas”, destacou.