O Vôlei Futuro pediu que a CBV puna o Vila Nova por uma suposta violação de regulamento da Superliga B. Integrantes do time paulista relataram ao site Web Vôlei que não tiveram acesso à quadra do Centro de Excelência para treinamentos, como é de praxe na competição.
O estatuto do torneio diz que a equipe mandante deve ceder o ginásio ao time visitante para dois treinos: um na véspera do confronto e outro na manhã do jogo, caso haja combinação.
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Tigre derrotou equipe paulista
Segundo a diretoria paulista, foi sugerido que, por conta das restrições e das dificuldades de se achar um ginásio em Goiânia, o mando de quadra fosse invertido, com a partida mudando para Araçatuba. O Vila Nova não teria aceitado a oferta do Vôlei Futuro, que bancaria as despesas.
O clube paulista também acusou o Tigre de descumprir o regulamento no artigo que rege que 80% do plantel deve ter atuado na Superliga C.
Em nota, a direção do Vôlei Futuro afirmou que “entrou em contato com a CBV para expor o desrespeito e descaso do Vila Nova e defender que, devido à suposta indisponibilidade de treino, seja punida e se necessário decretar W. O. e vitória para a equipe paulista. O Vôlei Futuro aguarda o retorno e posicionamento da CBV, para que as providências sejam tomadas e a ordem do campeonato seja prontamente restabelecida”.
Resposta colorada
O Vila Nova classificou as manifestações do time de Araçatuba como “lamentáveis”. A direção colorada afirmou que Goiás vive um estado de calamidade e lida com restrições. Por isso, o clube diz que “estão em jogo valores maiores não estão previstos no regulamento da Superliga B, ou de qualquer outro regulamento, são princípios basilares da convivência humana em sociedade”.
A nota do Vila Nova lembra também que o jogo, que inicialmente ocorreria no fim de fevereiro, foi adiado por um surto de covid-19 no time paulista e classificou a realização do duelo em Goiânia noutra data “já foi um feito heroico”.
O Tigre diz ainda que “em nenhum momento criticou ou se utilizou das determinações das autoridades públicas para se eximir de sua responsabilidade em realizar o jogo dentro dos protocolos de segurança estipulados pela Confederação Brasileira de Voleibol e pela Secretaria de Saúde do Município de Goiânia”.
A nota finaliza afirmando que o Vôlei Futuro “utiliza da fragilidade da situação em que vivemos para se esquivar de suas responsabilidades como atores sociais do desporto”.